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Egito condena 183 à pena capital por morte de policiais

A defesa ainda poderá recorrer das condenações à morte confirmadas nesta segunda

Forças de segurança egípcias desmontam um acampamento de partidários do presidente deposto Mohamed Mursi e membros da Irmandade Muçulmana, no Cairo (AFP)

Forças de segurança egípcias desmontam um acampamento de partidários do presidente deposto Mohamed Mursi e membros da Irmandade Muçulmana, no Cairo (AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2015 às 21h15.

Cairo - Um tribunal egípcio confirmou nesta segunda-feira a pena capital para 183 homens condenados pela morte de 13 policiais em agosto de 2013, horas depois que as forças da ordem mataram mais de 700 manifestantes partidários do ex-presidente Mohamed Mursi.

Em 2 de dezembro de 2014, o mesmo tribunal havia condenado à pena de morte, em primeira instância, 188 homens acusados de terem participado de um ataque contra uma delegacia de Kerdassa, nos arredores do Cairo.

As condenações de cinco deles foram comutadas nesse julgamento, denunciado pela ONU e por ONGs internacionais.

Dos 188 inicialmente condenados, apenas 143 estão detidos. Dois foram absolvidos, um teve a pena comutada por dez anos de prisão, e outros dois morreram.

A defesa ainda poderá recorrer das condenações à morte confirmadas nesta segunda.

A União Europeia (UE) criticou o veredicto e reiterou sua oposição categórica à pena de morte. Além de cruel e desumana, é pouco efetiva como elemento dissuasório, justificou a diplomacia do bloco.

"A decisão de hoje de um tribunal egípcio de condenar 183 pessoas à pena de morte, depois de um julgamento em massa, constitui uma violação das obrigações em matéria de Direito Humanitário contraídas pelo Egito", afirmou a diplomacia europeia, em um comunicado.

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