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Egito: chanceler deixa o cargo

Demissão foi justificada como tentativa de livrar o primeiro ministro do país de problemas nas discussões para reajuste ministerial

Mohammed Al-Orabi teve demissão aceita pelo primeiro-ministro do país, Essam Sharaf (AFP / Str)

Mohammed Al-Orabi teve demissão aceita pelo primeiro-ministro do país, Essam Sharaf (AFP / Str)

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Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2011 às 11h12.

Cairo - O ministro egípcio das Relações Exteriores, Mohammed Al-Orabi, apresentou sua demissão neste sábado e, segundo a imprensa local, a mesma foi aceita pelo primeiro-ministro Essam Sharaf.

Al-Orabi justificou o pedido de demissão como uma maneira de "livrar o primeiro-ministro de problemas durante as negociações para o reajuste ministerial", conforme publicado pela agência estatal Mena.

Sob forte pressão popular, Sharaf deve apresentar na segunda-feira um novo gabinete para tentar acalmar as revoltas que atingem há uma semana o centro do Cairo.

Sharaf, cuja chegada à frente do Governo em março foi comemorada pelos movimentos opostos a Hosni Mubarak, tem enfrentado uma onda crescente de descontentamentos, assim como o Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA), que dirige o Egito desde a queda do ex-presidente, no dia 11 de fevereiro.

Milhares de pessoas se manifestaram na sexta-feira em todo o Egito, principalmente na praça Tahrir de El Cairo, cenário de novas manifestações diárias desde o dia 8 de julho, para conseguir que o CSFA apresente reformas. As manifestações continuavam neste sábado.

Sharaf designou neste sábado como adjuntos à frente do Governo um experiente economista e um membro influente de um partido liberal com o intuito de acalmar a os manifestantes.

Os novos adjuntos de Sharaf são Hazem Beblawi, professor de economia e ex-subsecretário da Comissão Econômica e Social da ONU para Ásia Ocidental, e Ali Al- Silmi, que exerce funções de primeiro plano no partido liberal Wafd, conforme anunciado pela assessoria de imprensa do Estado.

Beblawi supervisionará a política econômica no novo Governo e Al-Silmi se encarregará das questões relacionadas à "transição democrática", informou a agência Mena.

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