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Egito: centenas de manifestantes acampados na Praça Tahrir

Mobilização quer que a Junta Militar transfira imediatamente o poder a uma autoridade civil

A União de Jovens da Revolução, que representa oito partidos e nove movimentos políticos, anunciou que manterá os acampamentos para que a revolução continue (Jeff J Mitchell/Getty Images)

A União de Jovens da Revolução, que representa oito partidos e nove movimentos políticos, anunciou que manterá os acampamentos para que a revolução continue (Jeff J Mitchell/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2012 às 20h02.

Cairo - Centenas de manifestantes decidiram permanecer acampados na Praça Tahrir, no Cairo, para exigir que a Junta Militar que governa o Egito transfira imediatamente o poder a uma autoridade civil, depois de terem celebrado nesta quarta-feira o primeiro aniversário do início da revolução.

Dezenas de tendas lotam o centro e as laterais da praça, cujos acessos foram reabertos ao trânsito de veículos nesta quinta, segundo constatou a Agência Efe.

Um grande engarrafamento provocado pela proliferação de manifestantes testava a paciência dos motoristas, que tentavam avançar para chegar ao trabalho.

A Polícia não se faz presente na Praça Tahrir, o que contrasta com o amplo desdobramento ainda existente em edifícios governamentais próximos ao Ministério do Interior.

Na quarta-feira, dezenas de milhares de pessoas participaram da comemoração do primeiro aniversário da revolta popular que derrubou o regime de Hosni Mubarak, em uma jornada festiva que também teve espaço para reivindicações.

Em comunicado, a União de Jovens da Revolução, que representa oito partidos e nove movimentos políticos, anunciou que manterá os acampamentos na praça para que a revolução continue e haja uma verdadeira mudança no país.

Na nota, a organização denuncia que continuam os juízos militares contra civis, que a Lei de Emergência não será derrogada completamente e que 'a situação vai de mal a pior, o que significa que depois de um ano a revolução acabou com Mubarak, mas não com seu regime'.

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