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Egito assume presidência da União Africana

"O caminho ainda é bastante longo" para alcançar o objetivo declarado da UA de "fazer calar as armas" até 2020"

Cairo, Egito (Leonid Andronov/Thinkstock)

Cairo, Egito (Leonid Andronov/Thinkstock)

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AFP

Publicado em 10 de fevereiro de 2019 às 15h40.

O presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sissi, assumiu formalmente, neste domingo (10), a presidência rotativa da União Africana (UA), depois da gestão do ruandense Paul Kagame.

Na cerimônia de abertura da cúpula da UA na Etiópia, Kagame passou a palavra para Al-Sissi, que insistiu nos "laços entre o mar Mediterrâneo e o lago Victoria".

Depois de um ano de gestão de Kagame, marcado pelo intenso ativismo do dirigente e por seu empenho em reformar a entidade, Al-Sissi antecipou que concentrará sua ação em temas como segurança, paz e reconstrução.

A própria UA já havia anunciado que o ano de 2019 será dedicado aos "refugiados, repatriados e deslocados".

"O caminho ainda é bastante longo" para alcançar o objetivo declarado da UA de "fazer calar as armas" até 2020, em um continente atravessado por conflitos, afirmou Al-Sissi.

Por isso, o presidente egípcio anunciou a organização de um "fórum pela paz e pelo desenvolvimento", a ser realizado este ano, em Asuan.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, presente em Adis Abeba, saudou o "vento de esperança" que sopra na África, depois de uma sequência de eleições pacíficas (Congo, Madagascar, Mali), de acordos de paz (Sudão do Sul, República Centro-Africana) e de reconciliação (Etiópia-Eritreia).

Em seu discurso, Guterres também celebrou a "solidariedade" da África, que recebe pelo menos um terço dos refugiados e deslocados do mundo.

"Apesar de seus próprios desafios sociais, econômicos e de segurança, os governos e o povo africano mantiveram abertas as portas, as fronteiras e os corações", elogiou Guterrez.

É um exemplo "que não se vê em todos os lados", completou.

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