Mundo

Egito apresenta proposta para acabar com guerra Israel-Hamas e criar governo de transição

Último ataque de Israel na faixa de Gaza deixou pelo menos 106 pessoas mortas, o que o torna o mais mortal feito pelo país no conflito

A Lebanese protester sits outside the US embassy as a fire rages behind its gates after clashes with Lebanese security forces on October 18, 2023, during a demonstration in solidarity with the people of Gaza in Awkar, East of Beirut, following a blast ripped through a hospital in the Gaza Strip, killing at least 200 people on October 17, 2023. The Israeli army said on October 17 a strike which hit a Gaza hospital, killing at least 200 people according to Hamas officials, was a rocket misfired by Palestinian militants. Lebanon's Iran-backed Hezbollah movement called for a "day of rage" to condemn the strike as hundreds of demonstrators gathered at the French and US embassies in protest. (Photo by JOSEPH EID / JOSEPH EID) (JOSEPH EID/AFP)

A Lebanese protester sits outside the US embassy as a fire rages behind its gates after clashes with Lebanese security forces on October 18, 2023, during a demonstration in solidarity with the people of Gaza in Awkar, East of Beirut, following a blast ripped through a hospital in the Gaza Strip, killing at least 200 people on October 17, 2023. The Israeli army said on October 17 a strike which hit a Gaza hospital, killing at least 200 people according to Hamas officials, was a rocket misfired by Palestinian militants. Lebanon's Iran-backed Hezbollah movement called for a "day of rage" to condemn the strike as hundreds of demonstrators gathered at the French and US embassies in protest. (Photo by JOSEPH EID / JOSEPH EID) (JOSEPH EID/AFP)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 25 de dezembro de 2023 às 13h13.

O Egito apresentou uma proposta inicial para encerrar a guerra entre Israel e Hamas, envolvendo um cessar-fogo, a libertação faseada de reféns e a criação de um governo de transição palestino para administrar a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, segundo um funcionário egípcio e um diplomata europeu.

A notícia surge enquanto os ataques aéreos israelenses atingem o centro e o sul do território de Gaza desde sexta-feira. Pelo menos 106 pessoas foram mortas, conforme registros hospitalares, o que torna o ataque o mais mortal realizado por Israel no conflito.

Como será a proposta do Egito?

A proposta do Egito, elaborada em colaboração com o Catar, foi apresentada a Israel, ao Hamas, aos Estados Unidos e a governos europeus, mas ainda parece ser preliminar. O projeto pede um cessar-fogo inicial de até duas semanas, em que os militantes palestinos libertariam de 40 a 50 reféns, em troca da libertação de 120 a 150 palestinos das prisões israelenses, segundo o funcionário egípcio, sob condição de anonimato.

O Egito e o Catar também trabalhariam com as facções palestinas, incluindo o Hamas, para estabelecer um governo de transição, que administraria Gaza e a Cisjordânia até que se chegasse a um acordo para a realização de eleições presidenciais e parlamentares.

De acordo com o plano, nesse ínterim, Israel e o Hamas continuariam a negociar um acordo abrangente, que incluiria a libertação de todos os reféns restantes em troca de todos os prisioneiros palestinos em Israel, bem como a retirada militar israelense de Gaza e a interrupção dos ataques de militantes palestinos.

Reféns

O Gabinete de Guerra de Israel, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, se reunirá nesta segunda-feira para discutir a situação dos reféns, entre outros tópicos, segundo um funcionário israelense. No entanto, ele não afirmou se discutiriam a proposta egípcia.

A guerra devastou grande parte de Gaza, matou mais de 20,4 mil palestinos e deslocou quase todos os 2,3 milhões de habitantes do território. Cerca de 8 mil palestinos são mantidos reféns por Israel, de acordo com dados palestinos. O aumento no número de mortes nas tropas israelenses pode minar o apoio à guerra, que começou quando o Hamas invadiu Israel em 7 de outubro, matando 1 2 mil pessoas e fazendo 240 reféns.

Os israelenses ainda apoiam amplamente os objetivos de neutralizar as capacidades governamentais e militares do Hamas e liberar os 129 reféns restantes, apesar da pressão internacional contra a ofensiva de Israel e do crescente número de mortes de palestinos.

Acompanhe tudo sobre:Faixa de GazaHamasCisjordâniaConflito árabe-israelenseIsrael

Mais de Mundo

Sobe para 25 o número de mortos em explosões de walkie-talkies do Hezbollah

Exército do Líbano detona dispositivos de comunicação 'suspeitos' após onda de explosões

Parlamento Europeu reconhece Edmundo González Urrutia como presidente eleito da Venezuela

Colômbia suspende diálogo com ELN após ataque a base militar