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Egito afirma que ataque israelense 'inaceitável' em Doha abre 'precedente perigoso'

Ataque israelense teve como alvo líderes palestinos que se reuniram no Catar para "discutir maneiras de chegar a um acordo de cessar-fogo"

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 9 de setembro de 2025 às 14h07.

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A presidência egípcia disse em comunicado divulgado nesta terça-feira que o ataque israelense a uma delegação de negociação do grupo palestino Hamas no Catar estabelece "um precedente perigoso" e é um "ato inaceitável".

"Este ataque abre um precedente perigoso e constitui um ato inaceitável, bem como um ataque direto à soberania do Estado irmão do Catar, que desempenha um papel fundamental nos esforços de mediação para alcançar um cessar-fogo na Faixa de Gaza", disse Mohamed al Shennawy, porta-voz do presidente egípcio Abdelfatah al Sisi, em comunicado.

O ataque israelense teve como alvo uma reunião de líderes palestinos na capital do Catar para "discutir maneiras de chegar a um acordo de cessar-fogo" e, portanto, "prejudica os esforços internacionais para acalmar a situação e ameaça a segurança e a estabilidade em toda a região".

A nota também observa que o Egito declara sua "total solidariedade" ao Catar após esse ataque e conclamou a comunidade internacional a "assumir suas responsabilidades legais e morais com relação a essa flagrante violação israelense, a tomar medidas imediatas para interromper a agressão israelense e a responsabilizar os culpados, para que isso não aumente a impunidade habitual de Israel".

O Catar hospeda o escritório político do Hamas e organiza rodadas de negociações de cessar-fogo em Gaza, onde delegações israelenses também vieram negociar indiretamente com os mediadores: Catar, Egito e EUA.

Durante quase dois anos de guerra no enclave palestino, o Egito também recebeu líderes da delegação de negociação do Hamas.

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) atacaram edifícios residenciais no Catar que abrigavam vários membros não identificados do escritório político do Hamas em Doha, conforme confirmado pelo Ministério das Relações Exteriores catariano.

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