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Egito abre pequena possibilidade de trégua em Gaza

Primeiro-ministro Hisham Kandil chegou à Faixa de Gaza para mostrar solidariedade ao povo palestino, depois de dois dias de ataques implacáveis ​​por aviões israelenses

Soldados israelenses lançam míssil contra a Faixa de Gaza em mais um dia de conflitos na região

 (Amir Cohen/Reuters)

Soldados israelenses lançam míssil contra a Faixa de Gaza em mais um dia de conflitos na região (Amir Cohen/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2012 às 08h18.

Gaza - O Egito abriu uma pequena janela para a diplomacia emergencial de paz na Faixa de Gaza nesta sexta-feira, mas as esperanças até mesmo para um breve cessar-fogo durante visita do primeiro-ministro egípcio foram imediatamente frustradas.

O primeiro-ministro Hisham Kandil chegou à Faixa de Gaza nesta sexta oficialmente para mostrar solidariedade ao povo palestino, depois de dois dias de ataques implacáveis ​​por aviões israelenses, determinados a acabar com o disparo de foguetes de militantes do Hamas contra Israel.

O Egito, que atualmente tem um governo islâmico considerado ideologicamente próximo ao Hamas, já negociou tréguas anteriores entre Israel e militantes palestinos na Faixa de Gaza. Kandil considerou os ataques israelenses uma "agressão".

"O Egito não vai economizar esforços... para interromper a agressão e alcançar uma trégua", disse o premiê durante visita a um hospital de Gaza.

Israel havia anunciado que pararia os ataques enquanto Kandil estivesse no enclave costeiro, desde que militantes do Hamas fizessem o mesmo. Entretanto, foguetes disparados de Gaza atingiram diversos locais no sul de Israel e a Força Aérea israelense respondeu com um ataque à casa de um comandante do Hamas no sul de Gaza, informou uma fonte do Hamas.

Médicos disseram que o ataque matou duas pessoas, uma delas uma criança, elevando o número de mortos palestinos desde quarta-feira para 21. Três israelenses foram mortos por um foguete na quinta-feira.

Mas os militares israeleneses negaram com veemência terem realizado qualquer ataque enquanto Kandil estava em Gaza, e acusaram o Hamas de violar o cessar-fogo de três horas. "Israel não atacou Gaza pelas últimas duas horas", disse um porta-voz.


"Apesar de cerca de 50 foguetes terem caído em Israel nas últimas duas horas, nós decidimos não atacar Gaza devido à visita do primeiro-ministro egípcio. O Hamas está mentindo."

Convocações de Tropas

Sirenes de ataque aéreo soaram por Tel Aviv na quinta-feira, levando moradores a correr em busca de abrigo, e dois mísseis de longo alcance explodiram ao sul da metrópole. As explosões não causaram danos, disse a polícia, mas abalaram os 40 por cento dos israelenses que, até agora, viviam em segurança fora do alcance da zona de foguetes ao sul.

"Mesmo o primeiro-ministro (Benjamin) Netanyahu foi levado às pressas para uma sala reforçado", disse o ministro Gilad Eldan.

Israel começou a convocação de 16.000 tropas da reserva, no que pode ser um movimento precursor para uma invasão.

Os 21 palestinos mortos incluem oito militantes e 13 civis, entre eles sete crianças e uma mulher grávida. Um foguete do Hamas matou três civis israelenses ao norte da cidade de Gaza, entre homens e mulheres em seus 30 anos.

A última guerra entre os dois lados, uma blitz aérea israelense que durou três semanas e uma invasão por terra durante o período de Ano Novo de 2008-2009, deixou mais de 1.400 palestinos mortos, a maioria civis, e matou 13 israelenses.

"Se o Hamas diz que compreende a mensagem e se compromete com um cessar-fogo duradouro, via os egípcios ou qualquer outra pessoa, é isso que nós queremos. Queremos tranquilidade no sul e uma forte dissuasão", disse o vice-primeiro-ministro de Israel, Moshe Yaalon.

"Os egípcios têm sido um canal para a passagem de mensagens. O Hamas sempre se volta para pedir um cessar-fogo. Estamos em contato com o Ministério da Defesa egípcio. E poderia ser um canal em que um cessar-fogo seja alcançado", disse à rádio israelense.

Ao mesmo tempo, há sinais de possíveis preparativos para um ataque terrestre em Gaza. Em ataques antes do amanhecer, aviões de guerra bombardearam áreas abertas ao longo da zona de fronteira com Israel, no que poderia ser um estágio de "amaciamento" para limpar o caminho para tanques.

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