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Egípcios voltam à Praça Tahrir para exigir saída de militares

O Exército egípcio, no entanto, descartou mais uma vez a hipótese de entregar imediatamente o poder como exigem os milhares de manifestantes

O protesto acontece na praça Tahrir, símbolo das manifestações que derrubaram o ditador Mubarak (Mahmud Hams/AFP)

O protesto acontece na praça Tahrir, símbolo das manifestações que derrubaram o ditador Mubarak (Mahmud Hams/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2011 às 09h27.

Cairo - Milhares de egípcios se reuniram nesta sexta-feira na emblemática Praça Tahrir do Cairo para participar em uma manifestação para exigir, mais uma vez, que os militares abandonem o poder.

O Exército egípcio, no entanto, descartou mais uma vez a hipótese de entregar imediatamente o poder como exigem os milhares de manifestantes.

As ruas que levam ao ministério do Interior, perto da praça, onde aconteceram confrontos violentos nos últimos dias, permaneciam bloqueadas.

Os manifestantes, que ocupam a Praça Tahrir pelo oitavo dia consecutivo, pedem que o Exército deixe imediatamente o poder. Também exigem que os responsáveis pelas mortes 41 pessoas - 36 delas no Cairo - durante os confrontos dos últimos dias sejam julgados.

"Sexta-feira é a última oportunidade: estabilidade ou caos", afirma o jornal governamental Al-Ahram na primeira página.


"Sexta-feira crucial", afirma no mesmo tom o jornal Al-Ajbar, três dias antes do início das primeiras eleições legislativas organizadas depois da queda de Hosni Mubarak, em 11 de fevereiro.

De acordo com a imprensa, o Exército nomeou um ex-primeiro-ministro do presidente destituído Hosni Mubarak, Kamal el-Ganzuri, para formar um novo governo, no lugar Esam Sharaf, que renunciou na segunda-feira.

O Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA) não confirmou a informação e as consultas prosseguem, a poucos dias do início das eleições legislativas.

O site do jornal governamental Al-Ahram informou que o CSFA não tomou uma decisão sobre Kamal el-Ganzuri.

Mas a possível nomeação do economista de 78 anos não foi bem recebida pelos manifestantes da Praça Tahrir.

Os manifestantes também querem o fim do poder militar e a saída do principal comandante das Forças Armadas, o marechal Hussein Tantawi, acusado de perpetuar o regime de Mubarak.

O Exército pediu desculpas pelas mortes dos últimos dias, que chegaram a 41 em todo o país, 38 delas no Cairo, segundo o ministério da Saúde.

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