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Egípcios vão à praça Tahrir para pedir novo governo

Manifestantes também pede que o ex-presidente Hosni Mubarak seja levado aos tribunais

Egípcios atravessam a praça Tahrir após a queda de Mubarak: povo quer saída dos militares (John Moore/Getty Images)

Egípcios atravessam a praça Tahrir após a queda de Mubarak: povo quer saída dos militares (John Moore/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2011 às 09h37.

Cairo - Dezenas de milhares de pessoas se concentraram nesta sexta-feira na praça Tahrir do Cairo para exigir a formação de um novo Governo e que o ex-presidente Hosni Mubarak seja levado aos tribunais.

A manifestação, convocada pelos mesmos grupos que organizaram os protestos que acabaram com o regime de Mubarak, se desenvolvia no meio de medidas especiais de segurança, segundo pôde comprovar a Agência Efe.

O acesso à praça Tahrir, que foi epicentro da recente revolta popular egípcia, estava vigiada por soldados, apoiados por tanques.

Também havia um cordão de civis que, igual aos soldados, exigiam documentos de identidade de quem entrava na praça.

"Não precisamos deste Governo, queremos um novo que nós possamos escolher", disse à Efe um dos jovens manifestantes, Omar el-Guendi.

O Egito vive um período de transição política que se abriu após a renúncia de Mubarak, mas a maioria dos ministros e o chefe do gabinete, Ahmed Shafiq, procedem do regime anterior.

A concentração coincidiu com as orações do meio-dia desta sexta-feira, a celebração religiosa semanal mais importante para o mundo muçulmano.

O sermão de hoje ficou a cargo do imame Mohammed Gibril, que dirigiu as orações de uma plataforma, ajudado por alto-falantes.

Os manifestantes levavam bandeiras e cartazes, e muitos deles com as caras pintadas com as cores da bandeira egípcia.

Em muitos cartazes se viam fotos de alguns dos 300 mortos durante os protestos políticos que acabaram com o regime de Mubarak.

Os lemas da concentração incluíam a formação de um novo Governo e um julgamento contra o ex-presidente, que se retirou para a cidade egípcia de Sharm el-Sheikh, na Península do Sinai, após anunciar sua renúncia.

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