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Egípcios se reúnem para protestar contra militares

Praça Tahrir concentra novos protestos a um mês do primeiro turnos das eleições presidenciais

Grupos liberais convocaram o protesto antes que o comitê responsável por supervisionar as eleições em maio barrasse na semana passada o vice-presidente de Mubarak e o chefe da espionagem Omar Suleiman de concorrer (Mahmud Hams/AFP)

Grupos liberais convocaram o protesto antes que o comitê responsável por supervisionar as eleições em maio barrasse na semana passada o vice-presidente de Mubarak e o chefe da espionagem Omar Suleiman de concorrer (Mahmud Hams/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2012 às 11h10.

Cairo - Milhares de manifestantes se reuniram nesta sexta-feira na praça Tahrir, no centro do Cairo, para protestar contra os militares e figuras ligadas ao ex-presidente Hosni Mubarak no poder, a um mês do primeiro turno das eleições presidenciais.

Grupos liberais convocaram o protesto antes que o comitê responsável por supervisionar as eleições em maio barrasse na semana passada o vice-presidente de Mubarak e o chefe da espionagem Omar Suleiman de concorrer, junto com os dois principais candidatos islamitas.

Os islamitas, que venceram as eleições parlamentares após a queda de Mubarak, no ano passado, realizaram um protesto com exigências similares na semana passada na emblemática praça, evitado por muitos grupos liberais, demonstrando as divergências desde o levante.

Mas a poderosa Irmandade Muçulmana, cujos braços políticos dominam as duas casas do parlamento, afirmou que apoiaria o protesto desta sexta-feira, depois que seu candidato, Khairet El-Shater, foi desclassificado.

Simpatizantes do candidato de linha-dura islamita Hazem Abu Ismail, barrado porque sua mãe possuía cidadania egípcia e americana, em violação à lei eleitoral, também se dirigiram à praça com bandeiras pretas com slogans políticos.

Suleiman foi desclassificado porque não reuniu apoios suficientes de todo o país, como a lei eleitoral exige.

Partidários de Abu Ismail gritavam palavras de ordem contra os militares, que assumiram o poder em fevereiro do ano passado, e contra o próprio Mubarak, afirmando que o homem forte deposto permaneceu no controle.

Mubarak está sob custódia em um hospital, onde está recebendo tratamento para um problema no coração e esperando o veredicto de um julgamento por corrupção e assassinato.

Os militares se comprometeram a entregar o poder a um presidente civil após o anúncio dos resultados eleitorais, em junho, mas seus críticos os acusam de tentar permanecer no poder através de um líder representante.

Ahmed Shafiq, um ex-chefe da Força Aérea que serviu como primeiro-ministro de Mubarak, ainda está na corrida, juntamente com Amr Mussa, um ex-chanceler sob o regime de Mubarak e chefe da Liga Árabe.

A Irmandade está lançando o líder de seu braço político, o Partido da Liberdade e Justiça, depois que o comitê eleitoral desclassificou Shater devido a uma condenação pronunciada durante a era Mubarak.

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