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Egípcios protestam na 'sexta da última advertência'

Foram mais de 28 grupos que convocaram os protestos na praça Tahrir

Protesto na Praça Tahrir: milhares de egípcios pediam transição clara e transparente (Mohamed Hossam/AFP)

Protesto na Praça Tahrir: milhares de egípcios pediam transição clara e transparente (Mohamed Hossam/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2011 às 18h02.

Cairo - Milhares de manifestantes se reuniram nesta sexta-feira no Egito para um dia de protestos, o ápice de uma semana de manifestações por uma mudança política diante da crescente frustração dos egípcios pela atitude do Exército, que demora a se reformar.

Mais de 28 grupos convocaram uma manifestação para incitar o Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA) - que dirige o país desde a queda do presidente Hosni Mubarak - a realizar as reformas exigidas.

No Cairo, milhares de pessoas se dirigiram à praça Tahrir, epicentro do movimento que derrubou Mubarak em fevereiro, onde ocorrem protestos há uma semana, constatou a AFP.

Um imã pediu durante sua oração muçulmana semanal o julgamento dos policiais responsáveis pela morte de manifestantes nos últimos 18 dias da revolta que conduziu à queda do ex-dirigente, pronunciando uma oração em sua memória, informou a agência oficial Mena.

Os manifestantes que participaram deste dia, chamado de "sexta-feira da última advertência", pediram um plano claro e transparente para a transição do poder, acusando os militares de controlá-lo totalmente.

O gabinete anunciou, por sua vez, em um comunicado, que enviou ambulâncias e medicamentos para a praça Tahrir para ajudar as pessoas em greve de fome.

Punir os policiais considerados responsáveis pela morte de manifestantes durante o levante popular de janeiro e fevereiro e os homens fortes do antigo regime, redistribuir as riquezas e pôr fim aos processos militares de civis figuram entre as principais reivindicações dos manifestantes.

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