(Dado Ruvic/Reuters)
Reuters
Publicado em 5 de julho de 2021 às 21h13.
Israel relatou nesta segunda-feira uma diminuição na eficácia da vacina da Pfizer/BioNTech contra a Covid-19 na prevenção de infecções e doenças sintomáticas, mas disse que continua altamente eficaz na prevenção de doenças graves.
O declínio coincidiu com a disseminação da variante Delta e o fim das restrições de distanciamento social em Israel.
A eficácia da vacina na prevenção de infecções e doenças sintomáticas caiu para 64% desde 6 de junho, disse o Ministério da Saúde. Ao mesmo tempo, a vacina foi 93% eficaz na prevenção de hospitalizações e doenças graves causadas pelo coronavírus.
No comunicado, o ministério não informou qual era o nível anterior nem forneceu mais detalhes. No entanto, autoridades da pasta publicaram um relatório em maio dizendo que duas doses da vacina da Pfizer proporcionavam mais de 95% de proteção contra infecções, hospitalização e doenças graves.
Um porta-voz da Pfizer se recusou a comentar os dados de Israel, mas citou outra pesquisa que mostra que os anticorpos produzidos pela vacina ainda foram capazes de neutralizar todas as variantes testadas, incluindo Delta, embora com força reduzida.
Cerca de 60% da população de 9,3 milhões de Israel recebeu pelo menos uma dose da vacina da Pfizer em uma campanha que viu os casos diários caírem de mais de 10.000 em janeiro para um dígito no mês passado.
Isso estimulou Israel a abandonar quase todo o distanciamento social, bem como a exigência de usar máscaras, embora esta última tenha sido parcialmente reimposta nos últimos dias. Ao mesmo tempo, a Delta, que se tornou uma variante globalmente dominante do coronavírus, começou a se espalhar.
Desde então, os casos diários têm aumentado gradualmente, chegando a 343 no domingo. O número de doentes graves aumentou de 21 para 35.
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