Cartaz com a foto de Edward Snowden traz a emblemática frase de Obama, "Yes, we can!" (Ole Sspata/AFP)
Da Redação
Publicado em 12 de julho de 2013 às 07h22.
Moscou - O técnico de informática americano Edward Snowden, procurado por Washington por espionagem e bloqueado no aeroporto de Moscou, convocou uma reunião nesta sexta-feira com advogados e defensores dos direitos humanos e fará uma declaração.
O aeroporto de Sheremetievo, onde Snowden passou as últimas três semanas na zona de trânsito, informou à AFP que o encontro acontecerá às 17h (10h de Brasília).
Serguei Nikitin, da Anistia Internacional, confirmou o encontro. Ele disse que recebeu o convite por e-mail e que pretende comparecer à reunião.
Snowden, que é acusado por Washington de espionagem por ter revelado dados sobre a vigilância eletrônica dos Estados Unidos em todo o mundo e não é visto em público desde que deixou Hong Kong, em 23 de junho, fará uma declaração durante o encontro, provavelmente para denunciar a perseguição que afirma sofrer.
Snowden, que trabalhava para uma empresa que prestava serviços à Agência de Segurança Nacional (NSA) americana, "tem a intenção de dizer o que pensa da campanha de perseguição obsessiva da administração americana contra ele, que coloca em perigo os passageiros de voos que seguem para a América Latina", afirmou uma fonte do aeroporto.
O americano recebeu ofertas de asilo político da Venezuela, Bolívia e Nicarágua.
Advogados ligados à defesa dos direitos humanos na Rússia também confirmaram que receberam o convite.
Snowden também chamou representantes da Anistia Internacional, Transparência Internacional, Human Rights Watch (HRW), do escritório da ONU em Moscou, entre outros.
O porta-voz do Kremlinm, Dmitri Peskov, declarou nesta sexta-feira que o caso Snowden não envolve a presidência russa.