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Economistas veem mais chances de recessão nos EUA

Segundo pesquisa feita pelo USA Today, probabilidade de uma nova recessão dobrou em três meses

O medo da recessão aumenta nos EUA (Timothy A. Clary/AFP)

O medo da recessão aumenta nos EUA (Timothy A. Clary/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2011 às 14h38.

Washington - Os economistas veem 30% de chances de que os Estados Unidos sofram uma nova recessão, um aumento significativo a respeito de três meses atrás, segundo uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira pelo jornal USA Today.

A pesquisa trimestral aponta que, segundo o cálculo médio dos economistas, a probabilidade de uma nova recessão nos Estados Unidos dobrou nos últimos três meses.

Diante dessa previsão, eventuais novos golpes à já fragilizada economia americana, como mais baixas nos mercados e o agravamento da crise da dívida na Europa, "poderiam empurrar a nação ao abismo", indica o jornal, cuja pesquisa foi realizada entre os dias 3 e 11 de agosto com 39 economistas.

Até se os EUA conseguirem se afastar de uma nova recessão, tal como estimam os economistas, estes preveem que o crescimento econômico fique em cerca de 2,5% no próximo ano. Na pesquisa de abril passado, os economistas tinham previsto um crescimento de 3,1%.

Os Estados Unidos requerem um crescimento acima de 3% para reduzir substancialmente a taxa de desemprego, que agora fica em 9,1%.

Diante desse fraco crescimento, os 39 economistas indagados indicaram ainda que a taxa de desemprego deve cair gradualmente para 8,8% no próximo ano, uma leve baixa em relação à porcentagem atual.

Há apenas algumas semanas, os analistas tinham previsto que a economia registraria uma forte alta no segundo semestre do ano, apoiando-se em dados como a queda nos preços de combustível que, em sua opinião, encorajaria o consumo em outras áreas, e um aumento na venda de automóveis.

Segundo o jornal, o pessimismo dos economistas reflete em parte a preocupação com a crise da dívida na Europa, um cálculo do crescimento econômico de menos de 1% para o primeiro semestre de 2011, e o rebaixamento da nota da dívida soberana dos EUA por parte da agência de classificação de risco Standard & Poor's.

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