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Economista defende assento único para zona do euro no FMI

Peter Praet, economista-chefe do Banco Central Europeu, defendeu uma representação única do bloco


	Peter Praet: economista responde a críticas de que a representação da Europa no FMI é exagerada
 (Herwig Vergult/AFP)

Peter Praet: economista responde a críticas de que a representação da Europa no FMI é exagerada (Herwig Vergult/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2014 às 11h48.

Berlim - A zona do euro deveria ter sua própria representação única no Fundo Monetário Internacional (FMI), disse nesta segunda-feira o economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Peter Praet, um apelo que pode encontrar resistência no bloco.

Praet deu as declarações no momento em que a União Europeia já se prepara para reduzir sua presença no banco global --parte de reformas para dar mais voz a economias emergentes como China, o Brasil ou Índia.

Nesta segunda-feira, Praet defendeu o argumento de que os 18 países europeus que utilizam o euro tenham seu próprio assento no conselho do FMI.

O conselho supervisiona as operações diárias da organização sediada em Washington e é responsável por aprovar bilhões de dólares em empréstimos do FMI para países da zona do euro em dificuldades, como a Grécia, Portugal e Irlanda.

"Seria muito melhor falar com uma voz do que o que temos hoje, portanto eu sou pessoalmente muito a favor de uma única representação da zona do euro no FMI", disse Praet em evento em Berlim.

Propostas de que os 18 países que usam o euro assumam uma cadeira conjunta podem encontrar resistência de alguns dos maiores países do bloco, como a Alemanha e França, que podem temer perda de influência.

A escolha da pessoa que representaria a zona do euro, uma aliança que vai de Atenas a Dublin, também pode se provar divisiva.

A redução da representação europeia no conselho do FMI, acertada em 2010 mas que ainda não se concretizou, responde a críticas de que a representação da Europa é exagerada, com oito assentos.

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