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Economia espanhola é centro de debate para presidência

Oposição conservadora é favorita nas pesquisas para vencer a eleição

O ex-ministro do Interior, Rubalcaba (E), conversa com o líder da direita espanhola, Rajoy (D) (Dani Pozo/AFP)

O ex-ministro do Interior, Rubalcaba (E), conversa com o líder da direita espanhola, Rajoy (D) (Dani Pozo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2011 às 16h07.

Madri - A crise financeira estará no centro do debate televisionado na noite desta segunda-feira entre o socialista Alfredo Pérez Rubalcaba e o líder da direita espanhola, Mariano Rajoy, os dois principais candidatos nas eleições gerais do dia 20 de novembro.

Rubalcaba, ex-ministro do Interior, terá que se empenhar para diminuir o abismo que o separa de seu rival. Todas as sondagens apontam Rajoy como vencedor com uma ampla maioria.

"Rubalcaba terá que se arriscar no debate de hoje: ele tem apenas mais um tiro", escreveu o jornal El País. Rubalcaba, de 60 anos, deverá apresentar seus melhores dotes de orador para tentar superar Rajoy, de 56 anos, "que precisa apenas oferecer seu lado mais amável".

De acordo com as pesquisas de opinião, o Partido Popular (PP) de Rajoy deverá vencer com pelo menos 45% dos votos, enquanto os socialistas, no poder desde 2004, terão apenas 29%.

Todo o país estará atento ao confronto entre os candidatos a partir das 21H45 locais no Palácio do Congresso.

O debate terá vários blocos e diferentes temas, como política exterior e social. Contudo, o mais importante a ser debatido é a crise econômica e uma saída para ela.

O desemprego recorde que atinge 5 milhões de espanhóis, um crescimento que, segundo o Banco Central da Espanha, será zero no terceiro trimestre e a dura política de austeridade são as principais questões em jogo.

Rajoy já perdeu duas eleições presidenciais, em 2004 e 2008, para o atual presidente José Luis Rodríguez Zapatero. Desta vez, o candidato tentará culpar Rubalcaba pela atual situação econômica do país.

O socialista, por sua vez, lembrará dos cortes realizados pelo PP na educação e saúde em algumas regiões que governa e afirmará que o mesmo poderá ser feito em nível nacional.

"Os cidadãos têm clareza de seus votos, segundo as pesquisas mais recentes, e pouco ou nada mudará depois do debate desta noite", afirmou o jornal conservador ABC.

A realização de um único debate com apenas dois candidatos foi fortemente criticada pelas demais formações políticas. Josep Antoni Duran e Lleida, por exemplo, reclamaram de terem sido excluídos.

Para o líder da formação Esquerda Unida, Cayo Lara, este "debate único com apenas dois participantes é um insulto à democracia".

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