O chairman do Fed, Ben Bernanke, argumentou que a economia está operando bem abaixo de seu pleno potencial (Dan Smith/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 12 de janeiro de 2011 às 17h37.
Washington - A economia dos Estados Unidos se fortaleceu no final do ano, de acordo com um relatório divulgado pelo Federal Reserve nesta quarta-feira, que citou o crescimento no nível de emprego em todo o país.
O Livro Bege, baseado na compilação de relatórios de contatos empresariais das regionais do Fed, traçou um panorama mais otimista para a economia, embora ainda com alguma cautela.
Embora o mercado imobiliário tenha se mantido previsivelmente fraco, os contatos no setor manufatureiro pareceram mais otimistas.
O Fed informou melhores condições em todos os 12 distritos, apesar de serviços bancários e financeiros apresentarem resultados que variaram conforme a região.
"A atividade econômica continuou se expandindo moderadamente entre novembro e dezembro", afirmou o banco central em comunicado.
Os resultados foram consistentes com uma recente melhora nos dados macroeconômicos nos EUA, que levou alguns economistas a reforçarem suas previsões de crescimento para o primeiro semestre de 2011.
A economia norte-americana avançou 2,6 por cento no terceiro trimestre, nível considerado modesto demais para reduzir de forma significativa a taxa de desemprego no país, atualmente em 9,4 por cento.
Com tal pano de fundo, o Fed anunciou em novembro a compra adicional de 600 bilhões de dólares em títulos durante um período de oito meses, a fim de dar suporte à recuperação ao manter baixos os custos dos empréstimos de longo prazo.
Apesar das aquisições, as taxas de juros do mercado subiram consideravelmente desde então, embora os formuladores de política monetária venham argumentando que elas poderiam ter subido ainda mais sem a intervenção do Fed.
A melhoria das condições descritas pelo Livro Bege reforça a visão, compartilhada tanto por altos funcionários do Fed quanto por economistas, de que a mais recente rodada de compras de títulos poderia não ser necessária.
Contudo, o chairman do Fed, Ben Bernanke, argumentou que a economia está operando bem abaixo de seu pleno potencial e que continua precisando de ajuda das autoridades monetárias.
O banco central citou as fracas condições do mercado de trabalho e as leituras de inflação muito baixas para justificar suas ações.