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Economia deve se curar sozinha, diz Greenspan

Ex-presidente do banco central norte-americano acredita que esforços de estímulo como redução fiscal não foram tão eficientes

O ex-presidente do Fed, o banco central dos EUA, Alan Greenspan (Wikimedia Commons)

O ex-presidente do Fed, o banco central dos EUA, Alan Greenspan (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

Nova York - O ex-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) Alan Greenspan afirmou que os esforços de estímulo fiscal não atenderam às expectativas e que o governo do país agora precisa sair do caminho e deixar que as empresas e os mercados deem força à recuperação econômica.

"Nós precisamos encontrar um meio de acalmar o ativismo que existe" contra os gastos com estímulos do governo "e permitir que a economia se cure" sozinha, disse Greenspan em um evento no Conselho sobre Relações Externas, em Nova York.

Neste momento, segundo ele, "nós provavelmente estaríamos em uma situação melhor fazendo menos do que mais", porque "estaríamos em uma situação melhor para permitir que as forças normais do mercado operassem aqui".

Greenspan observou que o ouro, cujo preço vem subindo, ainda representa o "máximo meio de pagamento". O que está ocorrendo nesse mercado "é um sinal de que existe um problema com relação aos mercados cambiais". O ex-presidente do Fed reconheceu que o problema não é grande, mas o salto nos preços do ouro merece atenção.

Greenspan também afirmou que os EUA precisam fazer algo agora para lidar com os déficits orçamentários. A autoridade explicou que sua ansiedade é tão grande que ele está, pela primeira vez em sua memória, apoiando impostos mais altos somados a gastos reduzidos, incluindo permitir que os chamados impostos Bush expirem.

"Nossa escolha não tem sido entre bom e ruim, tem sido entre terrível e pior", declarou Greenspan. O país tem "um nível de compromissos (...) que eu não acredito que nós podemos fisicamente atender", afirmou o ex-presidente do Fed, a não ser que haja enormes mudanças em como o governo se autofinancia. As informações são da Dow Jones.

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