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Economia da América Latina crescerá menos em 2011

Estudo produzido pela Cepal mostra que o PIB da região crescerá 3,8%, contra 5,2% em 2010

Esforços de reconstrução após o terremoto farão Haiti liderar crescimento em 2011 (./Reprodução)

Esforços de reconstrução após o terremoto farão Haiti liderar crescimento em 2011 (./Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2010 às 18h14.

São Paulo - Projeções de um estudo feito pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) revelam que a economia da América Latina vai perder ritmo de crescimento no próximo ano. Em 2011, o produto interno bruto (PIB) da região terá aumento de 3,8%, contra 5,2% em 2010.

Segundo a pesquisa, a desaceleração se deve às incertezas que ainda persistem no cenário mundial, sobretudo na Europa. A situação no continente pode repercutir de forma negativa sobre os volumes e os preços das exportações regionais na América Latina e no Caribe. Para quase todos os países, a previsão é de desaceleração.

No caso do Brasil, que atualmente lidera o crescimento, a estimativa é de um aumento de 7,5% no PIB neste ano. Para 2011, entretanto, o número cai para 4,5%.

Na Argentina, o prognóstico é semelhante. Os especialistas projetam um aumento de 6,8% na economia da Argentina em 2010. No próximo ano, eles crescerão os mesmos 4,5% do Brasil. Em 2011, o ranking das economias que mais vão aumentar é liderado pelo Haiti (7%), seguido do Chile (6%) e do Panamá (5%).

A liderança do Haiti no ano que vem é explicada pelo fato de o país enfrentar uma redução de -8,5% em seu PIB em 2010, como consequência dos efeitos do terremoto que sofreu em janeiro. Em 2011, os esforços de reconstrução ajudarão a recuperar a economia.

Retomada

Por enquanto, o momento é de retomada na expansão das economias, depois da severa crise mundial. "A América Latina e o Caribe consolidaram em 2010 a recuperação iniciada na segunda metade de 2009 e crescerão este ano 5,2%, o que implica um aumento de 3,7% no PIB por habitante", diz o relatório da Cepal.

Em geral, o maior nível de atividade econômica regional teve uma repercussão positiva sobre o emprego. Isto permitirá uma redução do desemprego na Região, que será de aproximadamente 7,8% em 2010, quer dizer, quatro décimos de ponto percentual menor que a taxa observada em 2009, (8,2%).

De acordo com o estudo, o crescimento das economias da região consolidou-se este ano com base em três elementos: o consumo privado, que reagiu positivamente com a melhora dos indicadores do mercado de trabalho e com o aumento do crédito; o maior investimento; e o impulso das exportações.

Veja a projeção para o crescimento do PIB de alguns países em 2010 e 2011:

País20102011
Brasil7,6%4,5%
Paraguai7,0%3,0%
Argentina6,8%4,5%
Peru6,7%4,5%
Chile4,3%6,0%
México4,0%3,0%
Venezuela-3,0%2,5%
Haiti-8,5%7,0%
Fonte: Cepal | Elaboração: EXAME.com

 

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