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Ecclestone pagará US$ 100 milhões para acabar com julgamento

Juiz aceitou acordo da defesa do chefe da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, para arquivar julgamento por suborno contra o britânico em troca de US$ 100 milhões


	Bernie Ecclestone: magnata deverá transferir os US$ 100 milhões em uma semana
 (Olivia Harris/Reuters)

Bernie Ecclestone: magnata deverá transferir os US$ 100 milhões em uma semana (Olivia Harris/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2014 às 10h10.

Berlim - O juiz alemão Peter Noll decidiu aceitar o acordo proposto pela defesa do chefe da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, e o promotor para sobrestar a causa por suborno contra o britânico em troca do pagamento de US$ 100 milhões.

O caso ocorreu 2006, quando a empresa BayernLB possuía cerca de 50% das ações da Fórmula 1 após a quebra do grupo midiático alemão "Kirch" e encarregou sua venda ao chefe de seu departamento de riscos, o banqueiro Gerhard Gribkowsky, que negociou com Ecclestone a transação.

Segundo a acusação da promotoria, Ecclestone pagou em torno de US$ 44 milhões para que essa participação acabasse em mãos da empresa britânica CVC Capital Partners e evitar portanto que alguém alheio pudesse tirar sua posição de liderança no negócio.

Depois do acordo desta terça-feira, o magnata britânico deverá realizar a transferência dos US$ 100 milhões no prazo de uma semana, segundo estipulou o tribunal alemão.

Antes da decisão do juiz, o promotor Christian Weiss também tinha se mostrado propício ao sobrestamento da causa em troca do pagamento desta soma milionária.

Por sua vez, o advogado de Ecclestone, Sven Thomas, descartou que o pagamento deste dinheiro fosse um trato com a justiça e assegurou que o sobrestamento de causas é um procedimento legal corrente nestes casos.

"Não é um trato. Não tem nada a ver com a compra da liberdade" apontou Thomas.

O acordo evitará que Ecclestone, de 83 anos de idade, prolongue o julgamento por corrupção, iniciado em abril, assim como manter sua posição de predomínio na Fórmula 1, futuro que caso fosse condenado, teria ficado em interdição.

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