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Ebola já matou quase 3.900 pessoas no oeste da África

Segundo números da Organização Mundial de Saúde, cerca da metade das pessoas infectadas pela febre hemorrágica morre

Voluntários buscam corpos de pessoas mortas pelo vírus ebola, na capital da Serra Leoa, Freetown (Florian Plaucheur/AFP)

Voluntários buscam corpos de pessoas mortas pelo vírus ebola, na capital da Serra Leoa, Freetown (Florian Plaucheur/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2014 às 17h27.

Genebra - A febre hemorrágica provocada pelo vírus ebola matou 3.865 pessoas de 8.033 casos detectados em 5 países do oeste da África (Serra Leoa, Guiné, Libéria, Nigéria e Senegal), segundo o último balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS), realizado até 5 de outubro e publicado nesta quarta-feira, em Genebra.

Segundo os números, cerca da metade das pessoas infectadas pela febre hemorrágica morre.

As cifras não levaram em conta o liberiano falecido na quarta-feira nos Estados Unidos e a enfermeira espanhola contaminada em Madri, após tratar de um doente, o primeiro caso de contágio fora da África.

A epidemia, a mais grave desde a identificação do vírus, em 1976, começou na Guiné, no fim de dezembro de 2013.

O país mais afetado é a Libéria, com 2.210 mortes entre 3.924 casos registrados.

Em Serra Leoa, foram registradas 879 mortes entre 2.789 casos e na Guiné, 768 mortes entre 1.298 casos.

Um surto de ebola foi detectado em uma região isolada do noroeste da República Democrática do Congo (RDC), diferente daquele que causa a epidemia que castiga o oeste da África.

Desde que foi detectado, em 11 de agosto, o surto matou 43 pessoas de 70 casos registrados, segundo um balanço também fechado em 5 de outubro.

Outros locais da África

Nigéria: 8 mortos e 20 casos. O último caso confirmado no país remonta a 5 de setembro.

Segundo a OMS, é possível afirmar que não há mais transmissão de ebola em um país "42 dias depois do último caso registrado".

Senegal: um caso registrado, de um estudante da Guiné, cuja cura foi anunciada pelas autoridades em 10 de setembro.

Funcionário da Saúde

Funcionários da saúde, já em número insuficiente nos países pobres afetados pela epidemia, são particularmente afetados, com 232 mortes de 401 infecções (95 mortos em Serra Leoa, 94 na Libéria, 38 na Guiné e 5 na Nigéria).

O vírus

A doença, também denominada febre hemorrágica do vírus ebola, tem uma taxa de letalidade de cerca de 70%, segundo estudo da OMS.

A infecção acontece por contato direto com os fluidos corporais, sangue, líquidos biológicos e secreções. O período de incubação varia de 2 a 21 dias. O paciente se torna contagioso a partir do momento em que os sintomas se manifestam e não durante o período de incubação.

Cinco cepas diferentes do vírus foram identificadas (Zaire, Sudão, Bundibugyo, Reston, Floresta de Tai). Os três primeiros são particularmente temidos, com taxas de mortalidade que podem chegar a 90% no homem, segundo a OMS.

O vírus ebola recebeu este nome por causa de um rio homônimo do norte da República Democrática do Congo (antigo Zaire), onde foi detectado pela primeira vez em 1976.

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