Mundo

É preciso obrigar Kiev a negociar com rebeldes, diz Putin

O presidente russo declarou que é necessário obrigar o governo ucraniano a manter negociações com separatistas pró-Rússia

O presidente russo, Vladimir Putin: "digo isso seriamente" (Mikhail Klimentyev/AFP)

O presidente russo, Vladimir Putin: "digo isso seriamente" (Mikhail Klimentyev/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2014 às 10h43.

Moscou - O presidente russo, Vladimir Putin, declarou nesta sexta-feira que é necessário "obrigar" Kiev a manter negociações substanciais com os separatistas pró-Rússia que enfrentam as forças ucranianas no leste do país.

"É necessário obrigar as autoridades ucranianas a iniciar negociações substanciais. Não sobre questões técnicas, e sim profundas: que direitos terão as populações de Donbass, de Lugansk, do sudeste do país", disse Putin em um encontro dos movimentos juvenis pró-Kremlin.

O presidente afirma que Kiev nega-se a retirar as forças ucranianas cercadas por separatistas no leste da Ucrânia através do corredor humanitário que ele pediu aos separatistas.

"Acredito que é um erro colossal que provocará muitas perdas de vidas", advertiu, ressaltando que "isso lembrava os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial".

Putin também anunciou que seu colega ucraniano, Petro Poroshenko, garantiu que os soldados russos que Kiev diz ter detido em seu território voltarão em breve à Rússia.

"Digo isso seriamente, acredito que tenham se perdido, a fronteira (entre Rússia e Ucrânia) não está claramente delimitada", afirmou.

Por último, Putin afirmou que a Crimeia, um local sagrado para os russos, não voltará a ficar sob soberania ucraniana.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEuropaPolíticosRússiaUcrâniaVladimir Putin

Mais de Mundo

Magnata vietnamita terá que pagar US$ 11 bi se quiser fugir de pena de morte

França afirma que respeitará imunidade de Netanyahu se Corte de Haia exigir prisão

Em votação apertada, Parlamento Europeu aprova nova Comissão de Ursula von der Leyen

Irã ativa “milhares de centrífugas” em resposta à agência nuclear da ONU