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É hora da Rússia deixar de falar e atuar, diz Biden

O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que a Rússia deve passar a atuar para cumprir com os acordos de Genebra


	O vice-presidente americano, Joe Biden, no Rio de Janeiro: "é hora da Rússia deixar de falar e começar a atuar", afirmou Biden
 (REUTERS/Pilar Olivares)

O vice-presidente americano, Joe Biden, no Rio de Janeiro: "é hora da Rússia deixar de falar e começar a atuar", afirmou Biden (REUTERS/Pilar Olivares)

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Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2014 às 09h46.

Kiev - O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta terça-feira que a Rússia deve passar a atuar para cumprir com os acordos de Genebra para solucionar a crise na Ucrânia.

"É hora da Rússia deixar de falar e começar a atuar", afirmou Biden em Kiev após se reunir com o primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk.

Biden pediu que Moscou convença os "separatistas pró-Rússia" a depor as armas e saírem dos edifícios públicos que ocupam em várias cidades do sudeste da Ucrânia.

"Não é algo tão difícil de fazer. Está acabando o tempo para conseguir avanços. Não permitiremos que isto se transforme em um processo interminável", disse.

Além disso, Biden convocou os representantes russos a cooperar no leste da Ucrânia com a missão da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa), encarregada de garantir o cumprimento dos acordos assinados em 17 de abril pela Ucrânia, Rússia, Estados Unidos e a União Europeia.

"Nenhum país deve ameaçar o outro instalando suas tropas na fronteira e deste modo desestabilizado a situação no país vizinho. Queremos que a Rússia não apoie gente mascarada e com uniforme que se apodera de edifícios no leste do país", afirmou.


Segundo o vice-presidente, uma "conduta provocadora da Rússia conduzirá a um maior isolamento".

Biden, que chegou ontem na Ucrânia, destacou que o governo de Kiev fez "tudo" para cumprir com os acordos de Genebra, como a aprovação de uma lei de anistia para os manifestantes pró-Rússia que entregarem as armas e desocupem os edifícios públicos.

"Os Estados Unidos apoiam os esforços diplomáticos para desativar a tensão", disse.

Biden destacou a importância dos preparativos para as eleições presidenciais de 25 de maio, que descreveu como "as mais importantes da história da Ucrânia".

Biden se reuniu antes com o presidente interino, Aleksandr Turchinov, que acusou hoje as milícias russófonas de violar os acordos de Genebra ao tomar o controle da sede da polícia na cidade de Kramatorsk.

Por sua parte, Yatseniuk assegurou que a "Ucrânia nunca e em nenhuma circunstância reconhecerá a anexação da Crimeia".

"Nós consideramos que neste século não se pode permitir a nenhum país que se comporte como um criminoso armado, mais ainda para os países que são membros do Conselho de Segurança e que, até há pouco, eram membros do G8", opinou.

Yatseniuk afirmou que a Ucrânia "não exige nada da Rússia, apenas uma coisa: que cumpra suas obrigações internacionais", em referência o Memorando de Budapeste (1994), que obriga os signatários (Rússia, EUA e Reino Unido) a garantir a integridade territorial da Ucrânia.

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