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Duterte pode sofrer impeachment por assassinatos, diz senador

Na última segunda-feira, Duterte afirmou que tinha matado supostos viciados e traficantes de drogas enquanto era o prefeito

Rodrigo Duterte: a guerra contra as drogas que sua administração realiza já deixou cerca de 6 mil mortos (Romeo Ranoco/Reuters)

Rodrigo Duterte: a guerra contra as drogas que sua administração realiza já deixou cerca de 6 mil mortos (Romeo Ranoco/Reuters)

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EFE

Publicado em 14 de dezembro de 2016 às 08h48.

Manila - O senador das Filipinas Richard Gordon advertiu nesta quarta-feira que pode ser iniciado um processo de impeachment do presidente do país, Rodrigo Duterte, depois que este reconheceu que matou supostos viciados quando era prefeito de Davao.

"Quando você diz algo assim, você está se expondo, não é verdade? Ele disse isso, portanto, legalmente, pode enfrentar um processo de impeachment", comentou o senador em referência às declarações de Duterte.

"Em todo caso, tenho certeza que (o presidente) saberia defender-se", acrescentou Gordon, um político independente que costuma apoiar as políticas do presidente filipino.

Na última segunda-feira, Duterte afirmou em discurso, antes de iniciar uma visita oficial ao Camboja, que tinha matado supostos viciados e traficantes de drogas enquanto era o prefeito de Davao, no sul do país.

Desde que Duterte foi eleito presidente em maio, a guerra contra as drogas que sua administração realiza já deixou cerca de 6 mil mortos, dos quais mais de 2 mil perderam a vida em operações policiais e o restante em execuções extrajudiciais.

A violenta campanha contra o narcotráfico do presidente filipino foi fortemente criticada por grupos de defesa dos direitos humanos e organizações internacionais e continentais como a ONU e a União Europeia.

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