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Durante visita de Annan à Síria, 98 pessoas são mortas

Segundo a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos, a maioria das vítimas era formada por civis

O emissário da ONU, Kofi Annan (E), e o chefe da missão de observadores das Nações Unidas, general Robert Mood
 (Louai Beshara/AFP)

O emissário da ONU, Kofi Annan (E), e o chefe da missão de observadores das Nações Unidas, general Robert Mood (Louai Beshara/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2012 às 09h02.

Brasília – Apenas ontem (29) a onda de violência na Síria causou 98 mortos, sendo que a maioria era formada de civis, inclusive crianças e mulheres, segundo a organização não governamental (ONG) Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) e entidades civis organizadas. As mortes ocorreram no mesmo dia em que o emissário especial das Nações Unidas e da Liga Árabe, Kofi Annan, estava no país na tentativa de retomar o diálogo em busca da paz.

O presidente da ONG, Rami Abdel Rahmane, disse que houve um massacre de 13 civis na região de Deir Ezzor, no Noroeste do país. Segundo ele, as vítimas foram assassinadas com tiros na cabeça.A violência nos demais locais da Síria foi dominada por bombardeios.

Em 14 meses, a onda de violência na Síria, segundo a ONG, provocou mais de 13 mil mortos. A trégua prometida pelo governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, em 12 de abril, não cessou os embates. A organização contabiliza mais de 1.800 vítimas de abril até ontem.

Os comitês locais de coordenação (que representam os líderes comunitários) e a Comissão Geral da Revolução Síria informaram que entre os 98 mortos havia mulheres e crianças. As organizações acusam as forças policiais, ligadas ao governo, de atirar contra civis.

Ontem, Assad e Annan conversaram de manhã sobre o cessar-fogo. O presidente sírio atribuiu as dificuldades para acabar com a violência no país à ação de terroristas armados. O emissário das Nações Unidas e da Liga Árabe insistiu na necessidade de buscar a paz e um acordo na região.

Paralelamente, o governo da Rússia informou que vetará qualquer iniciativa internacional em favor de uma intervenção militar estrangeira na Síria. O assunto deve ser discutido pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas nos próximos dias. Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.

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