Em resposta ao senador Pedro Taques, Lupi pediu-lhe uma chance para que possa lutar até o fim e comprovar sua inocência, a fim de continuar no cargo (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 17 de novembro de 2011 às 14h17.
Brasília - Durante o depoimento de hoje do ministro do Trabalho e presidente licenciado do PDT, Carlos Lupi, na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), dois senadores do partido - Cristovam Buarque (DF) e Pedro Taques (MT) - voltaram a defender que ele se afaste do cargo até o final das investigações das denúncias de corrupção e tráfico de influência na pasta. Ambos já haviam defendido o afastamento de Lupi em reuniões internas do partido, para discutir a crise no ministério.
"Menor do que sair como o senhor está agora, só sair demitido por telefone como aconteceu comigo", afirmou Cristovam, referindo-se à forma como foi demitido (por telefone) pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando foi ministro da Educação. Cristovam ressaltou, contudo, que a saída de Lupi, neste momento, só depende da vontade dele e da presidente Dilma Rousseff.
Em resposta ao senador Pedro Taques, Lupi pediu-lhe uma chance para que possa lutar até o fim e comprovar sua inocência, a fim de continuar no cargo. O senador Pedro Taques defendeu não apenas o afastamento de Lupi, mas também que o PDT não tenha cargos no governo, nem mesmo um ministério. Taques sustenta, no entanto, que o PDT deve continuar na base aliada. Ontem, Lupi telefonou para Pedro Taques pela manhã e o mato-grossense recomendou-lhe que se afastasse até o desfecho das investigações.