Mundo

Duas minas de platina da África do Sul paralisadas por greve

Na região mineradora de Rustenburg (norte), entre 4.000 e 5.000 mineiros em greve da Amplats, se reuniram em um estádio, armados com os tradicionais bastões

Grevistas protestam em uma mina de Rustenurg, na África do Sul: a direção fechou suas cinco centrais mineradoras de Rustenburg na quarta-feira (©AFP / Alexander Joe)

Grevistas protestam em uma mina de Rustenurg, na África do Sul: a direção fechou suas cinco centrais mineradoras de Rustenburg na quarta-feira (©AFP / Alexander Joe)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2012 às 19h02.

Rustenburg - As minas sul-africanas de Lonmin e Amplats, duas das maiores produtoras mundiais de platina, estavam paralisadas nesta quinta-feira por uma greve provocada pelos baixos salários dos mineiros, que ameaçam estender a paralisação em todo o país.

Na região mineradora de Rustenburg (norte), entre 4.000 e 5.000 mineiros em greve da Amplats, propriedade da gigante anglo-sul-africana Anglo American, se reuniram em um estádio, armados com os tradicionais bastões e cantando e dançando para manifestar seu descontentamento com os baixos salários.

A vários quilômetros dali, mergulhada em um silêncio anormal, a mina permanece fechada, observada por vigias. Os mineiros exigem salários de 12.500 rands por mês (1.200 euros). A maioria ganha menos da metade.

Com 76.000 funcionários na África do Sul, a Anglo American é um símbolo: é a primeira empregadora privada do país e uma das mais antigas empresas de mineração locais.

A direção fechou suas cinco centrais mineradoras de Rustenburg na quarta-feira, oficialmente, por razões de segurança e para proteger os mineiros de "ameaças e intimidações" daqueles que querem impedi-los de trabalhar.

Em Marikana, onde teve início o conflito no dia 10 de agosto, que terminou com a morte de 34 pela polícia no dia 16 desse mês, as instalações do grupo britânico Lonmin funcionam em ritmo lento, com menos de 90% da força de trabalho há vários dias.

As negociações continuavam estagnadas, apesar da participação de um grupo de chefes tribais nas conversas.

Uma terceira gigante mineradora, o grupo sul-africano Impala, não sofre com as greves, mas também enfrenta reivindicações salariais.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaÁfrica do SulGrevesIndústriaMineração

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado