Bomba causa destruição em Quetta, no Paquistão (Banaras Khan/AFP)
Da Redação
Publicado em 10 de janeiro de 2013 às 16h26.
Quetta/Peshawar - Explosões de bombas em duas cidades do Paquistão mataram 32 pessoas e feriram mais de 100, disseram funcionários de um hospital e a polícia.
Uma bomba em Quetta, a capital da província do Baloquistão, no leste, matou 11 pessoas e feriu mais de 40, disse o policial Zubair Mehmood. Um grupo militante local reivindicou a autoria.
Outras 21 pessoas morreram e mais de 60 ficaram feridas em uma explosão durante uma reunião em que um líder religioso iria discursar em Mingora, a maior cidade da província de Swat, no noroeste, disseram a polícia e funcionários do hospital Saidu Sharif.
"O número de mortos pode subir, já que alguns feridos estão em condições críticas e estamos recebendo cada vez mais gente ferida", disse o Dr. Niaz Mohammad.
A polícia disse inicialmente que a explosão em Swat tinha sido causada pela explosão de um cilindro de gás, mas depois o chefe de polícia Akhtar Hayat disse se tratar de uma bomba.
O último ataque militante a provocar tantas mortes aconteceu há mais de dois anos em Swat.
A região montanhosa, anteriormente um destino turístico, vem sendo administrada pelo Exército paquistanês desde a ofensiva de 2009, que expulsou militantes do Taliban que tinham assumido o controle local.
Mas o Taliban manteve a capacidade de lançar ataques em Swat e atirou na estudante ativista Malala Yousufzai em Mingora em outubro passado.
A bomba em um mercado de Quetta tinha por alvo uma viatura da polícia, e matou principalmente feirantes e vendedores de roupas usadas, disse o oficial Mehmood.
Três policiais nas redondezas ficaram feridos e uma criança estava entre os mortos, ele disse.
O Exército Unido Baloque assumiu a autoria do atentado.
O grupo é um dos vários que lutam pela independência do Baloquistão, uma região empobrecida e árida com reservas importantes de gás, cobre e ouro.
A área responde por pouco menos de metade do território paquistanês e abriga cerca de 8 milhões dos 180 milhões de habitantes do país.