Mundo

Doze mortes são registradas em protestos do fim de semana no Iraque

Manifestações acontecem desde outubro do ano passado, com cobrança pela melhora dos serviços básicos e pelo fim da corrupção

Em Bagdá, manifestantes protestam contra governo iraquiano neste domingo (26) (Murtadha Al-Sudani/Getty Images)

Em Bagdá, manifestantes protestam contra governo iraquiano neste domingo (26) (Murtadha Al-Sudani/Getty Images)

E

EFE

Publicado em 26 de janeiro de 2020 às 15h35.

Bagdá - As manifestações populares realizadas neste sábado e domingo no Iraque, contra a estrutura política e a corrupção no país, deixou saldo de 12 mortos, segundo informações obtidas pela Agência Efe.

A praça Al Wazba, no centro de Bagdá, foi cenário de intensos confrontos entre os manifestantes e as forças de segurança, que desde ontem realizam operação para desmantelar os acampamentos montados em diversos pontos do território iraquiano.

Também houve incidentes nas localidades de Basora, Maysan e Diwaniya, todas no sul do país, onde protestos desafiaram as ações dos agentes, que responderam com lançamento de bombas de gás para tentar dispersar o público.

As manifestações acontecem de maneira ininterrupta no Iraque desde outubro do ano passado, com cobrança pela melhora dos serviços básicos e pelo fim da corrupção, com pedido de renúncia para toda a cúpula do governo do país.

O movimento segue, apesar da saída do grupo do clérigo xiita Muqtada al Sadr, que encabeçou à resistência à invasão dos Estados Unidos ao Iraque em 2003.

De acordo com o balanço dos confrontos do fim de semana feito pela independente Comissão de Direitos Humanos Iraquiana, 12 manifestantes morreram e 230 ficaram feridos.

Além disso, ontem e hoje foram registradas 89 prisões, o que fez a organização pedir em comunicado que todas as partes protejam "as vidas e as propriedades".

Acompanhe tudo sobre:BagdáCorrupçãoIraque

Mais de Mundo

Eleição no Uruguai: disputa pela Presidência neste domingo deverá ser decidida voto a voto

Eleições no Uruguai: candidato do atual presidente disputa com escolhido de Mujica

Putin sanciona lei que anula dívidas de quem assinar contrato com o Exército

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda