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Homens são condenados no caso da morte do menino Aylan

Eles foram condenados na Turquia a 4 anos de prisão por tráfico de pessoas e pelo naufrágio do barco no qual a criança viajava


	Montagem mostra Aylan al-Kurdi sendo retirado da praia e seu pai: dois sírios foram condenados por tráfico de pessoas pelo caso
 (REUTERS)

Montagem mostra Aylan al-Kurdi sendo retirado da praia e seu pai: dois sírios foram condenados por tráfico de pessoas pelo caso (REUTERS)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 4 de março de 2016 às 13h39.

São Paulo – No ano passado, o mundo se chocou com a imagem que mostrava o corpo sem vida do menino sírio Aylan em uma praia na Turquia. Hoje, dois sírios que atuavam como traficantes de pessoas foram condenados a quatro anos de prisão pelo naufrágio do barco no qual a criança viajava com sua família.

De acordo com a agência AFP, os homens chamados Muwafaka Alabash e Asem Alfrhad foram considerados culpados pelo tráfico de pessoas, mas absolvidos da acusação de negligência que levou à morte de cinco ocupantes da embarcação. Aylan, inclusive.

Relembre o caso

A foto de Aylan al-Kurdi emocionou pessoas ao redor do mundo e acabou por se tornar o símbolo máximo dessa crise de refugiados que se instalou na Europa e que é maior desde a 2ª Guerra Mundial.

O menino era da cidade curda de Kobani, um dos maiores alvos dos extremistas do Estado Islâmico (EI) na Síria, e tinha três anos de idade. Nascido durante a guerra civil que já há quase cinco anos devasta o país, Aylan viajava com seus pais e irmão para a Grécia, mas tinham como destino final o Canadá, onde desejavam se juntar a familiares.

Segundo informações do jornal The Independent, o pai de Aylan, Abdullah, teria pago o equivalente a 16 mil reais por seus lugares na frágil embarcação. A viagem de Bodrum, na Turquia, para a ilha grega de Kos aconteceu durante a noite.

Quando o mar se tornou revolto, os traficantes abandonaram o barco, deixando os refugiados à mercê da própria sorte. O barco no qual a família al-Kurdi estava naufragou e apenas Abdullah sobreviveu. Era a terceira vez que tentavam realizar a perigosa travessia. 

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