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Dois palestinos morrem e outros 35 ficam feridos em confrontos em Gaza

Desde o começo dos protestos, no dia 30 de março, 145 pessoas morreram nas manifestações e confrontos ocorridos nas imediações do muro

Faixa de Gaza: manifestações de hoje poderiam representar aumento da tensão entre Israel e o Hamas, que governa de fato a região desde 2007 (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)

Faixa de Gaza: manifestações de hoje poderiam representar aumento da tensão entre Israel e o Hamas, que governa de fato a região desde 2007 (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)

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EFE

Publicado em 27 de julho de 2018 às 18h34.

Cidade de Gaza - Dois palestinos, um deles um menor de 14 anos, morreram e 35 ficaram feridos por fogo real em novos confrontos registrados nesta sexta-feira, entre manifestantes e soldados israelenses nas imediações da fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel, informaram fontes médicas palestinas.

Segundo informou o Exército israelense, cerca de 7.000 pessoas participaram das manifestações em cinco pontos diferentes a leste do território, pela 18ª sexta-feira consecutiva dentro da campanha denominada Grande Marcha do Retorno, com a qual os moradores denunciam o bloqueio ao qual Israel submete Gaza.

Os protestos são organizadas por um comitê que se encarrega de convocá-las e de todo o relacionado com seu desenvolvimento, como o lançamento de artefatos voadores incendiários e pneus queimados que os manifestantes rolam para a fronteira.

Pela manhã, o comitê pediu à população, através dos alto-falantes das mesquitas, para irem para a linha fronteiriça para lembrar a "Sexta-feira das Crianças Mortas por (ação de) Israel".

Segundo fontes médicas palestinas, pelo menos três manifestantes foram feridos por disparos de soldados israelenses enquanto soltavam dúzias de balões e objetos incendiários em direção a Israel.

Os balões e objetos causaram dois grandes incêndios na região de Shaar Haneguev, segundo o departamento de bombeiros israelense.

O Exército de Israel, por sua vez, informou que tinha disparado perto de um grupo de palestinos que lançava artefatos incendiários, sem que soubessem que teriam causado feridos.

Os analistas na Faixa advertem que as manifestações de hoje poderiam representar um aumento da tensão entre Israel e o movimento islamita palestino Hamas, que governa Gaza de fato desde 2007, e desbaratar a frágil trégua mediada pelo Egito na semana passada.

Segundo dados do Ministério da Saúde palestino, desde o começo dos protestos, no dia 30 de março, 145 pessoas morreram nas manifestações e confrontos ocorridos nas imediações do muro, e mais de 16 mil pessoas ficaram feridas.

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