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Dois palestinos morrem durante novos protestos em Gaza

Os dois palestinos foram atingidos por disparos de soldados israelenses durante protestos para comemorar os 70 anos do Nakba

Gaza: os dois palestinos foram mortos após o grande protesto de ontem que deixou cerca de 60 mortos e 2 mil feridos (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)

Gaza: os dois palestinos foram mortos após o grande protesto de ontem que deixou cerca de 60 mortos e 2 mil feridos (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)

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EFE

Publicado em 15 de maio de 2018 às 14h46.

Gaza- Dois palestinos morreram nesta terça-feira na Faixa de Gaza após serem baleados por soldados do Exército de Israel em uma nova rodada de protestos convocada para comemorar os 70 anos do Nakba (catástrofe, em árabe) que para os palestinos representou a criação do Estado de Israel em 1948.

As manifestações de hoje são menores do que as registradas ontem, quando 40 mil pessoas se reuniram perto da cerca que separa Gaza de Israel, como pode comprovar a Agência Efe no local.

As autoridades palestinas declaram luto e greve geral hoje. Em Gaza, milhares de pessoas participaram dos funerais de 60 pessoas que ontem morreram nos protestos após a ação do Exército de Israel. Entre as vítimas está um bebê de oito meses, aparentemente morta pela inalação de gás lacrimogêneo.

Fontes palestinas afirmam que mais de 2,7 mil palestinos ficaram feridos ontem. Mais de 1 mil deles teriam sido atingidos por disparos feitos pelos soldados israelenses contra o protesto.

Ontem foi o dia mais mortal na Faixa de Gaza desde a intervenção militar de Israel em julho e agosto de 2014. Os palestinos manifestavam contra a abertura da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém, o que representa o reconhecimento da soberania israelense sobre a cidade, contrariando a comunidade internacional.

O Exército de Israel afirmou hoje que pelo menos 24 mortos ontem eram "terroristas". O Ministério do Interior de Gaza, controlado pelo movimento islamita Hamas, afirmou que dez dos mortos eram membros de suas forças de segurança.

 

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