Shlomo Amar: "neste ano desejamos conscientizar mais pessoas do caráter extremamente grave da decisão de matar um feto", ressaltaram (Jorge Guerrero/AFP)
Da Redação
Publicado em 3 de janeiro de 2013 às 08h50.
Jerusalém - Os dois grandes rabinos de Israel, Shlomo Amar e Yona Metzger, pediram em uma carta aos religiosos de seu país que apoiem a organização Efrat, que milita contra o aborto, o que considera um "assassinato", informou nesta quinta-feira a imprensa.
"É preciso apoiar as organizações que oferecem ajuda financeira às mulheres que não querem abortar, já que se trata de um assassinato que não merece nenhuma contemplação", assegurou à rádio militar o grande rabino askenaze (judeus oriundos da Europa Oriental) Metzger.
A carta dos dois grandes rabinos afirma que a ação de Efrat permitiu "salvar em um ano 4.000 vidas".
Segundo o jornal Haaretz, esta campanha contra o aborto não é nova, mas o conteúdo é muito mais duro.
"Neste ano desejamos conscientizar mais pessoas do caráter extremamente grave da decisão de matar um feto", ressaltaram os dois grandes rabinos em sua carta.
O aborto é legal em Israel para as mulheres com menos de 17 anos, a idade legal para o casamento, para as com mais de 40 anos, assim como no caso de estupro ou de relações incestuosas.
Também pode ser autorizado por uma comissão médica em caso de malformação do feto ou se a gravidez colocar em risco a saúde física ou mental da mulher.