Trump: o presidente só chega hoje para a visita duas semanas depois do furacão Maria ter devastado Porto Rico
Da Redação
Publicado em 3 de outubro de 2017 às 06h19.
Última atualização em 3 de outubro de 2017 às 07h36.
O presidente Donald Trump irá visitar nesta terça-feira o território de Porto Rico, devastado pelo furacão Maria, o terceiro desastre ambiental dos Estados Unidos em 40 dias. Na quarta-feira, Trump segue para Las Vegas, palco de um escabroso atentado no domingo, quando um homem atirou da janela de um hotel contra espectadores de um festival de música country.
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Pelo menos 58 morreram e mais de 500 estão feridos. O atirador tinha pelo menos 20 rifles em seu quarto, além de munição.
Os eventos, desde o furacão Harvey que atingiu o Texas no mês de agosto até o tiroteio em massa em Las Vegas, servem para testar a resiliência de Trump em tempos de crise.
Nos primeiros eventos Trump surpreendeu ao ser pronto na resposta: quatro dias depois de os furacões Harvey e Irma atingirem os Estados Unidos, Trump oferecia suporte aos habitantes de Houston, no Texas, e da região oeste da Flórida.
Em questão de dias, Trump solicitou ao Congresso a aprovação de uma lei emergencial, com fundos no valor de 7 bilhões de dólares em ajuda aos atingidos pela tempestade no Texas.
Em Porto Rico, a responsabilidade do presidente arrefeceu: poucos oficiais da Agência Federal de Ação de Emergência (FEMA) estão na ilha e as doações de outros estados são muito menores.
Trump só chega hoje para a visita duas semanas depois do furacão Maria ter devastado Porto Rico. Uma grande parte da ilha ainda está sem energia e só no último final de semana o sinal de celular voltou a funcionar, bem como alguns estabelecimentos comerciais.
A prefeita de San Juan, Carmen Yulín Cruz, chegou a afirmar que o território estava em “sérios problemas” e “que não há mais tempo para paciência”. “Eu peço ao presidente dos Estados Unidos que nomeie alguém capaz de salvar nossas vidas. Eu imploro que alguém nos salve da morte”.
Trump não deixou barato: escreveu em sua conta no Twitter que a prefeita tinha “uma liderança pobre” e que as pessoas não deviam acreditar nas “fake news”.
Se em Porto Rico o desafio é evitar que uma tragédia natural se transforme numa crise política, em Las Vegas Trump terá de responder perguntas sobre o controle de armas – o presidente era historicamente a favor de maior controle, mas mudou de postura ao longo da campanha, inundada com 30 milhões de dólares de fabricantes. Sob pressão, Trump deve continuar sendo Trump.