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Dois americanos são presos após viver um mês com filho morto

O corpo do menino, o mais novo de três irmãos, foi encontrado na terça-feira em sua casa na cidade de Girona


	Polícia: "A proprietária do imóvel fez uma denúncia à polícia após parar de receber o aluguel por vários meses"
 (Reuters)

Polícia: "A proprietária do imóvel fez uma denúncia à polícia após parar de receber o aluguel por vários meses" (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2016 às 10h50.

Um casal americano compareceu nesta sexta-feira ante um juiz espanhol acusado de homicídio imprudente depois que a polícia encontrou em sua residência o cadáver de seu filho de sete anos em avançado estado de decomposição.

O corpo do menino, o mais novo de três irmãos, foi encontrado na terça-feira em sua casa na cidade de Girona (no nordeste da Espanha), onde há mais de um ano este casal americano de 39 e 38 anos vive de aluguel.

"A proprietária do imóvel fez uma denúncia à polícia após parar de receber o aluguel por vários meses. Quando os agentes entraram no local, ocorreu a descoberta macabra do menino morto em uma cama, como se estivesse dormindo", informou à AFP uma porta-voz da polícia.

"Estava morto há semanas e não tinha sinais de violência", acrescentou. A necropsia realizada na quinta-feira descartou uma morte violenta.

A polícia deteve ainda na terça-feira seus dois pais, que passaram por um exame psiquiátrico em um hospital local, enquanto os serviços sociais da região assumiram a tutela dos outros dois filhos, de 12 e 14 anos.

Segundo a imprensa local, que citou fontes próximas à investigação, eles conviveram por quase um mês com o cadáver em decomposição do menino, encontrado sobre uma cama com cobertores e lençóis na mesma casa onde sua família comia e vivia.

"Eles pensam que estava dormindo", explicou a porta-voz da polícia.

Nesta sexta-feira, os pais prestaram depoimento ante um juiz, que os acusou do crime de homicídio imprudente, informou uma fonte judicial.

Os pais foram deixados em liberdade provisória, mas os passaportes foram confiscados para evitar que saiam da Espanha.

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