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Documentário proibido sobre judeus no Egito será exibido

O documentário conta a vida de membros da comunidade judaica egípcia durante a primeira parte do século XX e explora os temas da identidade e da tolerância


	Membros da pequena comunidade judaica no Egito, em uma sinagoga do Cairo: o anúncio do filme causou alvoroço no Egito, onde são elaboradas poucas obras sobre este tema (Samir Raafat/AFP)

Membros da pequena comunidade judaica no Egito, em uma sinagoga do Cairo: o anúncio do filme causou alvoroço no Egito, onde são elaboradas poucas obras sobre este tema (Samir Raafat/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2013 às 13h34.

Cairo - Um documentário sobre a comunidade judaica do Egito, cuja exibição havia sido proibida pelos serviços de segurança na véspera de sua estreia, será, finalmente, exibido nas telas egípcias, anunciou nesta quarta-feira seu diretor, Amir Ramses.

"'Judeus do Egito' será lançado no dia 27 de março no cinema; vencemos a guerra contra a Segurança Nacional. Tivemos autorização", escreveu em suas contas no Facebook e Twitter.

Os cinemas Renaissance também anunciaram em sua página do Facebook que projetarão o filme a partir do dia 27 de março.

Abdesatar Fathi, presidente do gabinete de censura, indicou à AFP que o filme recebeu uma autorização.

"Não temos relação com a Segurança. Assim que os documentos foram entregues, a licença foi concedida", acrescentou.

O documentário conta a vida de membros da comunidade judaica egípcia durante a primeira parte do século XX e explora os temas da identidade e da tolerância.

"Judeus do Egito" deveria ter sido exibido em três cinemas no dia 13 de março, mas na véspera de sua estreia Ramses informou à AFP que "a Segurança Nacional o proibiu".

"O responsável pelo gabinete de censura disse que a Segurança Nacional queria ver uma cópia e rejeitaram" sua difusão, explicou.

O anúncio do filme causou alvoroço no Egito, onde são elaboradas poucas obras sobre este tema.

A maior parte da comunidade judaica abandonou o país após a crise do canal de Suez, em 1956, durante a qual o presidente Gamal Abdel Nasser expulsou os judeus considerados desleais à nação.

Atualmente, a comunidade judaica conta apenas com algumas dezenas de pessoas que permanecem em segundo plano por medo de serem perseguidas.

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