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Dívida de Estados ainda ameaça crescimento, diz FMI

Outro fator que pode afetar a recuperação global é o mau estado dos mercados financeiros

John Lipsky, vice-diretor gerente do FMI: `tensões financeiras poderiam ter consequências uma vez mais sobre a economia real´ (Bulent Kilic/AFP)

John Lipsky, vice-diretor gerente do FMI: `tensões financeiras poderiam ter consequências uma vez mais sobre a economia real´ (Bulent Kilic/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2010 às 15h04.

Washington - O vice-diretor gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), John Lipsky, afirmou nesta terça-feira em Nova York que a forte dívida dos Estados e a difícil situação do sistema financeiro ainda ameaçam o crescimento da economia mundial.

"Não surpreende o fato de nossa previsão central ser a continuidade da recuperação mundial a um ritmo moderado", afirmou Lipsky, durante um discurso diante da maior câmara de compensação americana, a Depository Trust and Clearance Corporation, cujo texto foi transmitido à imprensa em Washington.

"Apesar de prevermos que essa lentidão seja provisória, os riscos de que as previsões sejam muito otimistas para as economias desenvolvidas são evidentes", disse.

"Incluem a possibilidade de novas tensões sobre os mercados da dívida pública que poderão provocar um novo ciclo no qual as instituições financeiras se veriam sob pressão. Nesse caso, essas tensões financeiras poderiam ter consequências uma vez mais sobre a economia real", explicou o número dois da instituição.

"Uma fragilidade adicional sobre os mercados imobiliários poderá ter repercussões similares, especialmente se for levado em conta o processo inacabado de redução da dívida, ainda em curso em muitas economias, tanto para as pessoas físicas como as jurídicas", completou.

Lipsky deu a entender que o FMI rebaixaria sua previsão de crescimento mundial para 2010, que será publicada em 6 de outubro. Indicou que o crescimento alcançou 4,75% em ritmo anual no primeiro semestre e deverá ser "levemente inferior" no segundo semestre. Atualmente, a previsão é de 3,75%. Em julho, o fundo previa 4,6% para o conjunto do ano.

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