Trípoli, no Líbano: países como França, Inglaterra e Áustria aconselham cidadãos a não viajarem para país do oriente médio (REUTERS/Mohamed Azakir)
Da Redação
Publicado em 31 de agosto de 2013 às 11h54.
Doha - Diversos países aconselharam seus cidadãos a não viajar para o Líbano conforme tensões regionais crescem em meio a um possível ataque militar dos Estados Unidos na Síria.
Entre os países que emitiram o conselho estão Bahrain, Kuwait, Grã-Bretanha e França, enquanto a Áustria disse aos seus cidadãos para entrar em contato com a embaixada no Líbano antes de viajar para lá.
O Bahrain e o Kuwait também pediram que aqueles que estejam no país atualmente deixem o local imediatamente, noticiaram agências de notícias estatais.
Uma fonte de segurança sênior no Líbano disse que 14 mil pessoas deixaram o país apenas na quinta-feira, sendo a maioria europeus.
Os Estados Unidos afirmaram considerar uma ação militar para punir o presidente sírio Bashar al-Assad pelo ataque "brutal" com armas químicas que dizem ter matado mais de 1.400 pessoas em Damascus há 10 dias. O governo sírio negou o uso de armas químicas.
Bombas atingiram duas mesquitas na cidade libanesa de Trípoli há oito dias, matando pelo menos 42 pessoas e ferindo centenas, intensificando a luta sectária que ultrapassou a guerra civil na vizinha Síria.
O Ministério das Relações Exteriores do Bahrein disse que seu conselho foi motivado por preocupações crescentes sobre o impacto da crise síria no Líbano, informou a agência de notícias BNA, na noite de sexta-feira. Embaixada do Kuwait no Líbano disse aos seus cidadãos para deixar o país devido à "incerteza de segurança", segundo a agência de notícias KUNA.
A Grã-Bretanha desaconselhou as viagens para o Líbano na noite de sexta-feira, citando a recente onda de violência e tensões regionais mais amplas.
O país também considerou que pode haver um aumento no risco com o crescimento do sentimento anti-ocidental ligado à possibilidade de uma ação militar. A França emitiu um conselho semelhante na quinta-feira.