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Distúrbios sociais aumentarão devido ao FMI, diz sindicato

Segundo a Confederação Sindical Internacional, o FMI se concentrou na redução dos déficits públicos sem se preocupar com seu efeito sobre os trabalhadores


	Manifestantes participam de protesto em Madri: o CSI reúne 308 sindicatos em 153 países e territórios, e reivindica 175 milhões de trabalhadores
 (Dominique Faget/AFP)

Manifestantes participam de protesto em Madri: o CSI reúne 308 sindicatos em 153 países e territórios, e reivindica 175 milhões de trabalhadores (Dominique Faget/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2012 às 09h36.

Tóquio - A Confederação Sindical Internacional (CSI), que reivindica 175 milhões de trabalhadores em todo o mundo, advertiu nesta quarta-feira que a política de redução de déficits públicos encorajada pelo FMI pode levar a "mais distúrbios sociais".

"As organizações financeiras internacionais, entre elas o FMI, se concentraram na redução dos déficits públicos, sem se preocupar com seu efeito sobre os trabalhadores que perdem seu emprego ou que sofrem reduções salariais", denunciou Sharan Burrow, secretária-geral da CSI, citada em um relatório.

O relatório foi publicado antes da assembleia geral anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM) que começa nesta quinta-feira em Tóquio.

"Da Grécia à Indonésia, os povos raivosos invadem as ruas. Se não pararmos estes ataques aos direitos dos trabalhadores, irá ocorrer mais instabilidade política e distúrbios sociais", explicou o relatório.

Os trabalhadores "estão na linha de frente de uma guerra contra sua vida e suas condições de trabalho", explicou.

Trata-se "de um ataque coordenado de uma amplitude sem precedentes", assegurou.

A confederação sindical lembrou que o mundo tem 27 milhões de desempregados desde o início da crise financeira internacional, em 2008, de acordo com os números da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

O CSI reúne 308 sindicatos em 153 países e territórios, e reivindica 175 milhões de trabalhadores.

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