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Distúrbios no Egito deixam 471 feridos e 32 presos

A maioria das vítimas foi registrada em Port Said


	Manifestações em Port Said: pelo menos 32 suspeitos de terem instigado os distúrbios de ontem na capital foram detidos
 (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)

Manifestações em Port Said: pelo menos 32 suspeitos de terem instigado os distúrbios de ontem na capital foram detidos (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2013 às 13h55.

Cairo - Pelo menos 471 pessoas ficaram feridas entre terça-feira e hoje e 32 foram presas durante os distúrbios nas cidades de Port Said e no Cairo, no Egito, segundo a agência de notícias estatal "Mena".

Fontes oficiais informaram que os ferimentos foram causados pela inalação de gás lacrimogênio e balas de baixo calibre. A maioria das vítimas foi registrada em Port Said.

Uma fonte do serviço de segurança afirmou a "Mena" que pelo menos 32 suspeitos de terem instigado os distúrbios de ontem na capital foram detidos nas imediações da ponte de Qasr al Nil, um dos principais acessos à praça Tahrir, no centro da cidade.

Os detidos são acusados de agredir as forças de segurança e destruir propriedades públicas e privadas. A fonte informou ainda que entre os feridos de ontem no Cairo há onze policiais.

Os choques entre os manifestantes e as forças de ordem se intensificaram na terça-feira em Port Said, para onde o Exército foi enviado.

Desde domingo, pelo menos seis pessoas, três delas policiais, morreram nos enfrentamentos nessa cidade, que explodiram depois do Ministério do Interior anunciar a transferência dos presos da prisão de Port Said por motivos de segurança, o que causou o protesto de seus familiares.

A justiça definirá no sábado a sentença definitiva sobre o massacre do estádio de Port Said, ocorrido em fevereiro de 2012, na qual morreram 74 pessoas no final de um jogo de futebol entre o clube local Al Masry e o cairota Al Ahly.

Um tribunal já condenou à morte 21 acusados do massacre, o que gerou no final de janeiro uma onda de violência e indignação popular que levou as autoridades a declararem toque de recolher na cidade. O tribunal ainda deve se pronunciar sobre os outros 52 acusados.

Enquanto isso, na capital, ontem ocorreram choques nas proximidades da Tahrir durante o funeral de um ativista morto no final de janeiro mas cujo corpo foi recuperado por sua família de um necrotério somente há poucos dias. 

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