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Distúrbios em bairro em quarentena por ebola deixam feridos

Habitantes de bairro em quarentena devido o ebola na Libéria ficaram feridos durante confrontos

Habitantes caminham por rua de West Point, na capital da Libéria, Monróvia (Zoom Dosso/AFP)

Habitantes caminham por rua de West Point, na capital da Libéria, Monróvia (Zoom Dosso/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2014 às 13h12.

Monróvia - Quatro habitantes do bairro West Point da capital da Libéria, Monróvia, em quarentena em razão da epidemia de ebola, ficaram feridos nesta quarta-feira durante confrontos com o exército e a polícia, indicaram o correspondente da AFP e testemunhas.

Os incidentes começaram quando policiais foram retirar uma representante do Estado que reside no bairro com sua família, provocando protestos dos habitantes. Após utilizar gás lacrimogêneo para dispersar a multidão, os soldados abriram fogo, ferindo quatro pessoas, segundo as mesmas fontes.

Ainda não há informações oficiais sobre o estado dos feridos.

A funcionária, Miatta Flowers, é a representante do Estado em West Point, de 75.000 habitantes, colocado em quarentena desde terça-feira à noite pela presidente Ellen Johnson Sirleaf, assim como Dolo Town, no sul da capital.

Mais cedo, os habitantes de West Point reagiram com pedras e gritos contras as autoridades ao isolamento por um cordão de militares e policiais armados, segundo testemunhas.

"É desumano o que esta mulher esta fazendo. Ela não pode nos prender subitamente sem nos avisar, como nossas crianças vão comer?", declarou à AFP por telefone um habitante local, Patrick Wesseh.

Em um discurso terça-feira à noite, Sirleaf decretou, a contar a partir de quarta-feira, um "toque de recolher de 21H00 às 06H00 (18h00 e 3h00 no horário de Brasília)". A presidente também ordenou "o fechamento de todos os centros de lazer a partir das 18H00".

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