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Confrontos deixam 800 feridos durante referendo na Catalunha

O Ministério do Interior indicou que nove policiais e dois guardas civis também ficaram levemente feridos ao apreenderem urnas

Catalunha:o porta-voz catalão atribuiu os feridos e contundidos à violência "policial do Estado" (David Gonzalez/Reuters)

Catalunha:o porta-voz catalão atribuiu os feridos e contundidos à violência "policial do Estado" (David Gonzalez/Reuters)

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EFE

Publicado em 1 de outubro de 2017 às 11h15.

Última atualização em 1 de outubro de 2017 às 17h39.

Barcelona -  A ação das forças de segurança da Espanha para impedir a realização do referendo separatista da região da Catalunha deixou neste domingo ao menos 800 feridos, dois deles em estado grave, segundo as autoridades locais.

Um dos feridos com gravidade é um homem atingido no olho por um tiro de bala de borracha em frente a um dos centros de votação em Barcelona. Além desse caso, um idoso sofreu uma parada cardíaca enquanto a polícia expulsava pessoas de um colégio eleitoral na cidade de Lérida e foi internado também em Barcelona.

A Polícia Nacional e a Guarda Civil da Espanha detiveram seis pessoas, uma delas menor de idade, por resistência, desobediência e atentado a autoridades.

Segundo o Ministério do Interior, os agentes se viram "acossados, fustigados e inclusive agredidos em inúmeras ocasiões". A pasta divulgou vários vídeos com episódios de assédio e insultos a policiais e guardas civis.

O porta-voz do governo catalão, Jordi Turull, atribuiu os confrontos à "violência policial do Estado" e aconselhou os feridos a comparecerem a unidades de saúde para receberem atestados médicos e a prestarem queixa à polícia regional catalã (Mossos d'Esquadra).

Turull responsabilizou o presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, pelos incidentes, entre os quais também mencionou uma "agressão" à conselheira regional de Ensino, Clara Pontsatí.

O ministro de Interior espanhol, Juan Ignacio Zoido, explicou que os agentes têm encontrado situações "complicadas". Segundo Zoido, em apenas um caso foi necessária a utilização de métodos de defesa devido a um "encurralamento".

Segundo o governo catalão, a votação não pôde ser realizada com normalidade por causa da atuação policial em 319 dos 2.315 centros de votação designados para o referendo separatista, que tinha sido suspenso pelo Tribunal Constitiucional da Espanha.

Veja vídeo da ação policial publicado por um usuário do Twitter:

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