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Distúrbios deixam 3 mortos no estado natal de Hugo Chávez

A Venezuela atravessa uma onda de protestos contra o governo de Maduro, alguns dos quais se tornaram violentos e deixaram pelo menos 51 mortos

Venezuela: o Ministério Público indicou através de sua conta no Twitter que investigará as mortes (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Venezuela: o Ministério Público indicou através de sua conta no Twitter que investigará as mortes (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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EFE

Publicado em 22 de maio de 2017 às 23h04.

Caracas - Pelo menos três mortos, oito feridos e várias lojas saqueadas foi o saldo de protestos que se tornaram violentos nesta segunda-feira em Barinas, estado natal do falecido presidente venezuelano Hugo Chávez, no oeste do país, informaram autoridades e dirigentes da oposição.

O Ministério Público venezuelano indicou através de sua conta no Twitter que investigará as mortes de Yorman Alí Bervecia Cabeza , de 19 anos, Adonis Pérez, 22, e Alfredo Carrizales, todas ocorridas durante protestos nesse estado.

O organismo explicou que, segundo informação preliminar, Bervecia Cabeza encontrava-se em uma manifestação "quando recebeu um disparo". Sobre os outros dois casos não ofereceu mais detalhes.

O parlamentar opositor desse estado, Freddy Superlano, disse à Agência Efe que pelo menos 15 manifestações opositoras aconteceram hoje em Barinas, e que se tornaram violentas quando foram dispersadas pelos corpos de segurança.

Superlano informou em sua conta no Twitter que Jhon Alberto Quintero morreu "atingido por bala" na cidade de Guanapa após a "repressão brutal" dos corpos de segurança, embora esta morte não tenha sido confirmada pelas autoridades locais.

No entanto, esta morte não foi confirmada pelas autoridades locais nem pelo Ministério Público.

Superlano também acusou funcionários policiais e da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militar) de ter causado ferimentos de bala em pelo menos oito pessoas.

Além disso, relatou que em "situações irregulares" várias lojas da capital do estado foram saqueadas, sem dar maiores detalhes.

O legislador não descartou que estes incidentes tenham sido "induzidos" para incriminar os opositores. "São estranhos", advertiu à Efe.

Por sua parte, o prefeito da cidade de Barinas, o opositor José Luis Machín, repudiou estes incidentes e acusou o governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de ser "o grande responsável pela violência" que assola o país.

"Cada saque de empresas é mais desemprego, miséria e fome para nosso povo. Rejeitamos o vandalismo", escreveu Machín no Twitter.

Também em Barinas foram queimadas a sede regional do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e do oficialista Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV).

A reitora principal do CNE, Tania D'Amelio, informou no Twitter que a sede regional do Poder Eleitoral "foi saqueada e queimada por grupos violentos" que causaram "graves danos materiais".

"Afortunadamente, nossas companheiras e companheiros não sofreram danos físicos, apesar do agravo e risco aos que foram submetidos", acrescentou a reitora.

A Venezuela atravessa uma onda de protestos contra o governo de Maduro, alguns dos quais se tornaram violentos e deixaram pelo menos 51 mortos, incluindo as três confirmadas hoje pelo Ministério Público.

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