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Periferia de Paris tem conflitos após detenção de jovem

Conflitos ocorrem após um jovem de 22 anos, detido pela polícia, denunciar ter sido agredido e violentado pelos agentes

Polícia: o assunto provocou um grande rebuliço na França (foto/Reuters)

Polícia: o assunto provocou um grande rebuliço na França (foto/Reuters)

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EFE

Publicado em 8 de fevereiro de 2017 às 08h33.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2017 às 08h33.

Paris - Os distúrbios que nas últimas noites tomaram conta da cidade de Aulnay-sous-Bois, na França, após uma suposta agressão de uma patrulha policial a um jovem negro, se estenderam nesta quarta-feira a outros municípios da periferia de Paris.

Embora as autoridades indicaram que o número de incidentes foi menor, com até 17 pessoas sendo detidas em diversas localidades da periferia da capital francesa, enquanto em Aulnay-sous-Bois, epicentro do protesto, a madrugada foi de calmaria.

Na última quinta-feira, uma patrulha da polícia prendeu Theo, de 22 anos, oficialmente por tráfico de drogas.

Mas segundo denúncia do jovem, ele foi agredido pelos agentes, sendo violentado sexualmente com um cassetete, o que o levou a ser hospitalizado e operado.

O assunto, que provocou um grande rebuliço na França, foi seguido de várias noites de distúrbios em Aulnay-sous-Bois e que ontem acabou se espalhando para outras localidades.

Segundo o balanço policial, uma dezena de pessoas, alguns menores de idade, tiveram que ser socorridos com sintomas de intoxicação com monóxido de carbono depois que um grupo de desconhecidos jogou um coquetel molotov no interior de um edifício em Tremblay-en-France.

Nessa mesma cidade, a fachada de uma delegacia policial foi atacada provocando danos materiais, da mesma forma que em outros edifícios e carros da região.

Um motorista de ônibus também ficou levemente ferido perto de Clichy-sous-Bois.

Para tentar acalmar os ânimos, o presidente francês, François Hollande, visitou ontem no hospital o jovem Theo, enquanto o primeiro-ministro, Bernard Cazeneuve, prometeu atuar "com a maior firmeza" contra os agentes em caso que as denúncias sejam confirmadas.

O próprio Theo enviou uma mensagem para seus vizinhos através dos veículos de imprensa, onde pediu calma a eles.

Dos 17 jovens detidos nos últimos dias, 11 deles menores, serão apresentados hoje perante a justiça.

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