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Disparos das forças sudanesas deixam ao menos 5 mortos

Testemunhas disseram que as forças de Cartum atacaram a população e dispararam contra seus habitantes "de forma indiscriminada"

Sudão: o governador de Darfur Ocidental disse que a violência foi fruto de um mal-entendido entre os cidadãos e as forças de segurança (Yasuyoshi Chiba/AFP)

Sudão: o governador de Darfur Ocidental disse que a violência foi fruto de um mal-entendido entre os cidadãos e as forças de segurança (Yasuyoshi Chiba/AFP)

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EFE

Publicado em 2 de janeiro de 2017 às 17h21.

Cartum - O governo do estado de Darfur Ocidental, no Sudão, declarou nesta segunda-feira que a calma retornou à cidade de Nertiti, depois dos confrontos de ontem que deixaram pelo menos cinco mortos pelas mãos das forças governamentais.

Testemunhas disseram à Agência Efe que as forças de Cartum atacaram a população e dispararam contra seus habitantes "de forma indiscriminada", matando cinco pessoas e deixando 60 feridos.

Já o responsável de Assuntos Humanitários da ONG Organismo para os Deslocados e Refugiados, Abdullah Saleh, declarou à imprensa que as forças governamentais utilizaram armas pesadas e mataram pelo menos nove pessoas.

Saleh crescentou que as tropas saquearam os mercados da região e detiveram 15 pessoas durante seu assalto.

O responsável pela ONG acusou o governo sudanês de perpetrar o ataque para provocar a retirada dos acampamentos de deslocados localizados na área.

O governador de Darfur Ocidental, Jaafar Abdel Hakam, disse que a violência foi fruto de um mal-entendido entre os cidadãos e as forças de segurança, e informou a morte de um soldado e de duas crianças, além de 13 feridos.

Hakam também se comprometeu a julgar os envolvidos nos incidentes na região.

O conflito de Darfur começou quando dois grupos insurgentes pegaram em armas no início de 2003 contra o regime de Cartum em protesto pela pobreza e a marginalização que sofriam os habitantes desta região.

A guerra causou pelo menos 300 mil mortes e obrigou 2,7 milhões de pessoas a deixar suas comunidades de origem, segundo dados da ONU.

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