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Discurso de premier israelense prejudica relações com EUA

Anúncio da intervenção de Netanyahu ante os legisladores, prevista para 3 de março, teve repercussões tanto nos Estados Unidos quanto em Israel


	Anúncio da intervenção de Netanyahu ante os legisladores, prevista para 3 de março, teve repercussões tanto nos Estados Unidos quanto em Israel
 (Gali Tibbon/AFP)

Anúncio da intervenção de Netanyahu ante os legisladores, prevista para 3 de março, teve repercussões tanto nos Estados Unidos quanto em Israel (Gali Tibbon/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2015 às 10h57.

Washington - O discurso iminente do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, no Congresso americano, organizado sem o aval da Casa Branca, já tem um efeito destrutivo nas relações entre os dois países, segundo a conselheira americana de Segurança Nacional, Susan Rice.

O anúncio da intervenção de Netanyahu ante os legisladores, prevista para 3 de março, teve repercussões tanto nos Estados Unidos quanto em Israel.

O presidente republicano do Congresso, John Boehner, ignorou o protocolo que prevê que primeiro o presidente Barack Obama seja advertido.

As relações entre Israel e Estados Unidos sempre se basearam no bipartidarismo (Partido Republicano e Partido Democrata), disse Susan Rice na terça-feira em uma entrevista à rede americana PBS. Mas este discurso desmorona esta tradição e lhe dá uma dimensão política, observou.

"Nestas últimas semanas, foi injetada em ambos os lados uma quota de política partidária, com o convite do presidente do Congresso e a confirmação de sua vinda por parte do primeiro-ministro Netanyahu duas semanas antes das eleições" israelenses, acusou Rice.

"Isso não só é infeliz, penso que (esta iniciativa) é destrutiva para as bases das relações (...) O que queremos é uma relação entre Estados Unidos e Israel forte, imutável, independente das peripécias políticas nos dois países", declarou Rice.

Obama e outras autoridades democratas já advertiram que não participarão do discurso de 3 de março em Washington. O presidente americano declarou que sua presença seria encarada como um apoio partidário a Netanyahu, antes das eleições israelenses de 17 de março.

A visita de Netanyahu pode afetar as negociações em curso sobre o programa nuclear iraniano, segundo os democratas, que pediram o adiamento de sua intervenção.

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