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Dirigente russo diz que bandeiras LGBT serão toleradas na Copa

Declaração foi feita após questionamentos sobre uma lei para banir o que foi chamado de "propaganda da homossexualidade a menores", em 2013

LGBTs: dirigente acredita que há chances remotas de algum turista ser enquadrado na lei que proíbe a "propaganda da homossexualidade a menores" (Danish Siddiqui/Reuters)

LGBTs: dirigente acredita que há chances remotas de algum turista ser enquadrado na lei que proíbe a "propaganda da homossexualidade a menores" (Danish Siddiqui/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de novembro de 2017 às 11h41.

Moscou - Proibida por lei na Rússia, a exibição de símbolos LGBT será tolerada durante a Copa do Mundo, garantiu um alto dirigente esportivo russo nesta quinta-feira. Alexei Smertin, inspetor antirracismo e antidiscriminação da Federação de Futebol da Rússia, garantiu que não haverá repreensão ou multa no Mundial de 2018.

"Com certeza não haverá nenhuma proibição por exibir imagens de arco-íris na Rússia. Está claro que você pode vir aqui e não sofrer qualquer multa por expressar os seus sentimentos", declarou Smertin, que já foi capitão da seleção russa de futebol.

O dirigente acredita que há chances remotas de algum turista ser enquadrado na lei que proíbe a "propaganda da homossexualidade a menores".

"A lei se refere aos menores. Não consigo imaginar alguém entrando numa escola para falar sobre o assunto", declarou o ex-jogador do Chelsea.

As palavras do dirigente foram bem recebidas pela FARE network, ONG internacional que combate o racismo e a discriminação no futebol.

"Ele deu algumas garantidas e acho que, no final das contas, isso é tudo o que todo mundo quer", declarou Piara Powar, diretor executivo da FARE. "As pessoas querem saber se podem vir aqui com segurança, se terão proteção."

A homossexualidade foi descriminalizada na Rússia em 1993, mas o preconceito segue forte no país.

Em 2013, o governo aprovou uma lei para banir o que foi chamado de "propaganda da homossexualidade a menores", em 2013.

A legislação foi muito criticada por proibir a realização de eventos de orgulho das minorias, caso da Parada Gay, por causa da provável presença de crianças nos locais públicos.

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