Kimberly Cheatle, diretora do Serviço Secreto dos EUA (Divulgação)
Agência de Notícias
Publicado em 16 de julho de 2024 às 07h27.
A diretora do Serviço Secreto dos Estados Unidos, Kimberly Cheatle, assumiu a responsabilidade pelo órgão não ter impedido que o ex-presidente americano Donald Trump sofresse um atentado no último sábado durante um comício no estado da Pensilvânia, mas disse que não vai se demitir.
Cheatle fez a declaração em uma entrevista à rede de televisão "ABC News" nesta segunda-feira. Ela classificou como "inaceitável" a tentativa de assassinato do ex-presidente e agora oficializado como candidato do Partido Republicano à Casa Branca, e disse que é seu trabalho investigar o que aconteceu e garantir que não aconteça novamente.
Como o atentado contra Trump impacta as eleições dos EUA?"Eu assumo a responsabilidade. Sou a diretora do Serviço Secreto e tenho que garantir que conduziremos uma investigação e que daremos recursos ao nosso pessoal quando necessário, disse Cheatle, embora ela tenha indicado que não está renunciando, como vários críticos têm exigido.
Cheatle disse em um comunicado nesta segunda-feira que o Serviço Secreto está trabalhando com agências federais, estaduais e locais na investigação do atentado e que ela participará "totalmente" da investigação independente anunciada pelo presidente Joe Biden.
Questionada sobre a investigação, ela disse que as autoridades locais estavam encarregadas de proteger o prédio fora do perímetro de cujo telhado o homem identificado como autor dos disparos, Thomas Crooks, que foi baleado e morto, abriu fogo, acertando Trump de raspão na orelha direita. Cheatle confirmou, ainda, que a polícia local estava dentro do prédio enquanto ele estava no telhado.
Além disso, sobre a possível identificação de Crooks como suspeito antes de atirar em Trump, ela disse que "procurar essa pessoa, encontrá-la, identificá-la e, por fim, neutralizá-la ocorreu em um período de tempo muito curto, e isso torna tudo muito difícil".
Cheatle, que foi convocada a prestar depoimento no Congresso no próximo dia 22, afirmou no comunicado que tem "confiança no plano de segurança reforçado do Serviço Secreto" para o Comitê Nacional do Partido Republicano, que começou nesta segunda-feira em Milwaukee, no estado de Wisconsin.
Ela também disse que o Serviço Secreto reforçou a segurança de Trump em junho e que, após o ataque de sábado, implementou "mudanças" para garantir sua proteção durante a convenção, na qual sua candidatura foi oficializada hoje, e no restante da campanha para as eleições presidenciais de novembro.