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Diretor-geral da AIEA inspeciona central nuclear de Kursk em meio à incursão ucraniana

Órgão da ONU havia demonstrado preocupação com a segurança do local e fez comparações com Chernobyl

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Mariano Grossi, discursa durante a reunião do Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica na sede da agência em Viena, Áustria, em 3 de junho de 2024 (Askin Kiyagan/Getty Images)

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Mariano Grossi, discursa durante a reunião do Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica na sede da agência em Viena, Áustria, em 3 de junho de 2024 (Askin Kiyagan/Getty Images)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 27 de agosto de 2024 às 10h04.

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O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, inspecionou nesta terça-feira, 27, a central nuclear russa de Kursk, que fica a cerca de 70 quilômetros da fronteira com a Ucrânia.

Grossi chegou à central apenas três semanas após o início da incursão fronteiriça ucraniana na região de Kursk, que o Kremlin e a agência nuclear russa, Rosatom, dizem ameaçar a usina.

O objetivo da inspeção, a primeira em Kursk, é avaliar a segurança da usina diante da intensificação dos combates na região fronteiriça.

A administração da central informou hoje que a central continua gerando eletricidade e que as forças russas garantem a segurança das instalações.

O diretor-geral da AIEA chegou à sede da central vindo da cidade de Kurchatov, onde as autoridades anunciaram hoje que vão reforçar as medidas de segurança a pedido dos seus cidadãos.

Grossi tinha um encontro marcado com o prefeito de Kurchatov, Igor Korpunkov, e com o diretor da usina nuclear de Kursk, Alexandr Uvakin, com quem discutiu medidas para garantir sua segurança e o fornecimento externo de eletricidade à usina.

A AIEA informou na quinta-feira passada que foram encontrados fragmentos de um drone a cerca de 100 metros do armazém de combustível nuclear usado da central, sem especificar a origem da aeronave.

O presidente russo, Vladimir Putin, acusou Kiev na semana passada de tentar atacar a usina, o que foi categoricamente negado por Kiev.

O governo ucraniano nega que a captura da central para sua troca pela de Zaporizhzhya, sob controle russo, seja um dos objetivos da sua ofensiva em território russo, como apontam alguns analistas.

Após a visita à central, Grossi seguirá para Kiev, onde espera ser recebido pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

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