Convenção republicana: preparativos para o evento que será realizado em Milwaukee (Joe Raedle/AFP)
Publicado em 15 de julho de 2024 às 17h21.
O novo episódio do podcast "O Caminho para a Casa Branca", uma co-produção da EXAME e da Gauss Capital, traz um relato diretamente de Milwaukee, onde acontece a Convenção Nacional Republicana. Apresentado por Rafael Balago, repórter da Exame, e Luciano Pádua, editor de macroeconomia da EXAME, o episódio aborda a atmosfera tensa e os preparativos para o evento, especialmente após o recente atentado contra Donald Trump.
A EXAME fará boletins diários sobre o andamento da Convenção Nacional Republicana. A cobertura será feita por Rafael Balago, repórter da EXAME, Luciano Pádua, editor de Macroeconomia da EXAME e Mauricio Moura, sócio do fundo Zaftra, da Gauss Capital e professor da Universidade George Washington.
Trump, candidato do partido à presidência, sofreu um atentado a tiros no sábado, mas confirmou sua presença na convenção.
A segurança no local foi significativamente reforçada, transformando o centro de Milwaukee em um verdadeiro labirinto, com várias ruas cercadas e pontos de entrada limitados. A EXAME e diversos outros participantes tiveram dificuldades para acessar o local devido às rigorosas medidas de segurança e o bloqueio de ruas, avenidas -- e até uma rodovia interestadual.
Na ordem do dia, alguns assuntos sobressaem: o primeiro deles é a escolha do vice de Trump. Logo após a publicação do podcast, o candidato republicano selecionou o senador por Ohio J.D. Vance como seu parceiro de chapa.
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A decisão é crucial, pois, se eleito, Trump cumprirá apenas um mandato, tornando seu vice um potencial sucessor político. A nomeação do vice será um dos momentos mais esperados da convenção, com o escolhido fazendo um discurso na quarta-feira, 17.
Os discursos ao longo dos quatro dias de evento são outro destaque, com Trump programado para falar na quinta-feira. Há uma expectativa sobre o tom que ele adotará, especialmente considerando sua retórica agressiva durante a campanha e seu governo.
Analistas ponderam se Trump suavizará seu discurso para atrair eleitores independentes, que são essenciais para a vitória na eleição.
Aproximadamente 40% do eleitorado americano é independente, e para vencer, um candidato precisa conquistar entre 20% a 25% desses eleitores. Atualmente, Trump tem entre 10% e 12% desse grupo, indicando um grande desafio pela frente. A possibilidade de Trump adotar um tom mais moderado, seguindo a abordagem de união nacional promovida pelo presidente Joe Biden, é vista como uma estratégia para ampliar seu apelo.
Entre outros temas debatidos estão os próximos passos de Biden, o clima de pesada segurança do evento e a expectativa da cidade de Milwaukee, tradicional reduto democrata, para a Convenção Republicana.
A EXAME amplia sua cobertura das eleições dos Estados Unidos a partir desta segunda-feira, 15. A equipe da revista acompanhará de perto as convenções dos partidos republicano e democrata, e também fará reportagens sobre os estados decisivos para a disputa.
O repórter Rafael Balago, o editor Luciano Pádua e o analista Mauricio Moura estão nos Estados Unidos para esta cobertura.
Balago cobre política internacional desde 2018. Foi repórter e correspondente do jornal Folha de S.Paulo nos Estados Unidos, por um ano. Pádua fez mestrado em gestão pública em Harvard e foi repórter e editor em veículos como Veja e Jota. Moura é professor da Universidade George Washington e sócio do fundo Zaftra, da Gauss Capital.
As convenções partidárias são o momento de confirmação dos candidatos presidenciais. Do lado republicano, Donald Trump deve assegurar a nomeação sem questionamentos, que deve ser impulsionado após o atentado do último sábado, 13.
Do lado democrata, a situação está mais incerta. O presidente Joe Biden, que busca a reeeleição, teve vitória fácil nas primárias, mas viu sua candidatura ser questionada após ir mal em um debate, no fim de junho.
Biden vem sofrendo pressão pública para desistir e abrir espaço a um novo nome. Ele vem repetindo que quer seguir na disputa, mas não tem conseguido convencer os aliados e doadores que o andam criticando.
Caso Biden desista nas próximas semanas, a convenção democrata, marcada para os dias 19 a 22 de agosto, será o prazo máximo para que o novo candidato ou candidata seja definido. Há incertezas de como o processo funcionaria, já que o presidente venceu as primárias. Um caminho possível é que ele libere os delegados que conquistou para votarem livremente em outro candidato. Isso, no entanto, faria com que a participação dos eleitores democratas, que votaram nas primárias, seja reduzida.
A cobertura da disputa nos Estados Unidos está sendo feita pela EXAME de várias formas. O programa O Caminho para a Casa Branca traz episódios que analisam, desde janeiro, o andamento da disputa e está disponível em vídeo, no YouTube, e como podcast no Spotify, ambos com acesso gratuito.
A EXAME também publica notícias diariamente no site exame.com e em um canal no WhatsApp dedicado às eleições americanas, que tem mais de 50 mil seguidores. Acesse aqui.